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UE e Turquia chegam a acordo sobre mecanismo de refugiados

Este acordo significa que a partir de domingo, todos os migrantes que cheguem à Europa ilegalmente são enviados de volta para a Turquia. “O acordo com a Turquia foi aprovado. Todos os migrantes ilegais que chegarem à Grécia vindos da Turquia serão enviados de volta a partir de 20 de março”, disse o primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka. Por seu turno, o primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipilä, anunciou igualmente na rede social twitter que o acordo foi "aprovado" e deve ser formalizado ainda esta tarde.
O acordo foi entretanto confirmado pelo porta-voz do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que diz que a reunião dos chefes de Estado e de Governo terminou e que em seguida os 28 vão reunir-se com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, para preparar o comunicado conjunto.
Duplicação da ajuda financeira
Para a Turquia aceitar o acordo, a União Europeia duplicou o volume da ajuda financeira para os refugiados sírios dos 3 mil milhões de euros iniciais para 6 mil milhões de euros. Em troca, por cada migrante que chegar ilegalmente à Grécia e que for "devolvido" à Turquia, os Estados-membros aceitam um refugiado sírio diretamente da Turquia.
No entanto e para alcançar este acordo, há cedências de ambas as partes.
Assim, e para receber de volta os refugiados, a Turquia pode esperar um novo impulso nas negociações para a sua adesão à União Europeia e ainda a promessa de negociações num dos capítulos das negociações de adesão, quando exigia cinco.
a Turquia pode esperar um novo impulso nas negociações para a sua adesão à União Europeia e ainda a promessa de negociações em um dos capítulos das negociações de adesão, quando exigia cinco
Recorde-se que a Turquia pediu para entrar na União Europeia em 1987 e só em 1997 foi considerada como elegível para fazer parte da UE, sendo que as negociações para que essa adesão se viesse a efetivar só tiveram início em 2005.
Neste acordo, haverá pelo menos um Estado-membro a ceder nas negociações: Chipre. O primeiro-ministro cipriota, Nikos Anastasiades, disse durante a manhã que "não apoiaria" conversas sobre a adesão da Turquia à União Europeia se esta "não reconhecesse a legitimidade do governo cipriota", uma questão que persiste há 40 anos tendo levado à suspensão das negociações para a adesão da Turquia.
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