Numa declaração divulgada esta segunda-feira, Alexis Tsipras revela que contactou o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi para lhe transmitir o apoio à convocação de um Conselho Europeu extraordinário dedicado ao tema do aumento da vaga de refugiados com destino à Europa. "O Mediterrâneo deve deixar de ser um mar-cemitério (…) e voltar a ser um berço da civilização, de comunicação, de comércio e de humanidade", defendeu o líder do governo grego.
Nesta declaração, Tsipras propõe aos países da UE um plano a três níveis: em primeiro lugar, o reforço das estruturas de gestão da imigração e de busca e salvamento no Mediterrâneo; em segundo lugar, o apoio aos países mediterrânicos europeus "que recebem uma vaga de migrantes e refugiados bem superior às suas cpacidades, com uma repartição justa dos encargos ao nível do apoio económico e do acolhimento"; e em terceiro lugar, "iniciativas diplomáticas para a solução pacífica dos conflitos na Síria, no Iraque e na Líbia, bem como para a luta eficaz contra o jiadismo".
O primeiro-ministro grego recupera ainda o apelo que lançou para uma Conferência dos dirigentes dos países mediterrânicos da UE, "para que os países mais afetados por este fenómeno possar coordenar-se melhor ao nível europeu".
"Não há tempo a perder. Cada minuto perdido custa vidas humanas", conclui Alexis Tsipras.