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Trabalhadores do Continente denunciam abusos patronais
O depoimento sobre as condições de trabalho foi escrito na primeira pessoa por uma trabalhadora do Continente, que ganha 260 euros mensais por 20h semanais de trabalho, e publicado pelo blogue "L'obéissance est morte" em fevereiro.
A denúncia fala de situações de trabalho extraordinário sem remuneração, trabalho em dias de folga, proibição de pausas para comer e ir à casa de banho, entre outras. Nos dias seguintes, dezenas de funcionários e ex-funcionários da mesma cadeia de hipermercados do grupo Sonae em vários pontos do país confirmaram que essas situações são comuns em muitas lojas Continente, Bom Dia, Meu Super e Worten.
Uma das situações mais comuns é a dispensa dos funcionários ao fim de três contratos, embora haja quem continue a ganhar os mesmos 3 euros por hora ao fim de dez anos de trabalho. O prolongamento do horário de trabalho sem remuneração, para fazer face à escassez de funcionários, também parece ser uma prática alargada nestas lojas, segundo os comentários publicados.
"Nos horários de ponta eram necessários mais funcionários e, como não contratavam pessoas novas, obrigavam os trabalhadores cujo turno já tinha terminado a ficarem até mais tarde", denuncia Érica Postiço na caixa de comentários. Para além de dificultarem a pausa para refeição dos funcionários nas caixas dos hipermercados, são muitos os casos em que estes nem sequer podem ter uma garrafa de água, denunciam os funcionários.
Segundo o Jornal de Negócios, o grupo Sonae aumentou em 2014 o seu volume de negócios em 2.7%, totalizando 4751 milhões de euros. A área do retalho alimentar foi responsável pela subida das receitas em 1.3%, para 3461 milhões de euros.
Comentários
Exploração
Li atentamente o comentário anterior e acham que alguma coisa mudou nada simplesmente para pior...desde terça feira 26 de julho que entro as nove da manhã a sair a uma da manhã porque uma loja abriu hoje em Lisboa.ou seja quando preciso de trocar para ir a médico etc não pelas horas de descanso desde terça feira que entro as nove da manhã até a uma da manhã e com o pouco que ganho ainda tenho de pagar do meu bolso taxi pa vir a casa comer porque não se faz pausa a tarde tomar banho e levantar as seis da manhã para entrar novamente .indignada falo ao chefe de loja Emanuel e este responde faz pois o que nao falta são pessoas a ir pó teu lugar.....
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