“Sabor a exploração” e ingredientes de “baixos salários e perseguição sindical”. É assim que os trabalhadores da Pizza Hut descrevem o menu laboral desta empresa num comunicado do Sindicato da Hotelaria do Sul.
Denunciam ainda que o grupo Ibersol não aumentou os salários, tirando a atualização do valor do Salário Mínimo Nacional apesar de ter tido o ano passado, no conjunto das suas várias marcas, um volume de negócios de 418,2M€ e lucros de 73,7M€. Para além disso, “não disponibiliza fardamento e Equipamentos de Proteção Individual adequados, nem fornece alimentação em espécie saudável e em condições aos trabalhadores (conforme consta na convenção coletiva)” e “tem vindo a intensificar o clima de intimidação sobre os trabalhadores que reivindicam melhores condições de trabalho e perseguem os representantes sindicais, com suspensões e processos”.
Razões mais que suficientes para terem realizado uma concentração na passada quinta-feira em frente a uma loja da empresa em Carnaxide na qual exigiram melhores condições de trabalho e salários dignos mas também “respeito pela atividade sindical” e “o fim da perseguição sindical na empresa”. Pretenderam igualmente “demonstrar solidariedade” com um dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul que é trabalhador da Pizza Hut de Carnaxide e está a ser alvo de um processo disciplinar, encontrando-se suspenso por iniciativa da empresa “por lutar e defender os direitos de todos os trabalhadores” e com outro trabalhador sindicalizado também suspenso “após participar na concentração de denúncia realizada dia 20/06”.