Os trabalhadores de todas as empresas que constituem o Grupo Heineken entram em greve a partir de da 31 de maio de 2025. Em causa está a irredutibilidade da empresa em negociar o caderno reivindicativo apresentado no final de 2024.
Está marcada uma concentração em frente à fábrica e sede de empresa, em Vialonga, a partir das 5h de 2 de junho, de modo a denunciar a situação e “para fazer ver à empresa que a luta é justa e genuína”. O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebdias e Tabacos de Portugal (SINTAB) tinha apresentado uma proposta de negociação do contrato coletivo com reivindicações de aumento salarial de 10% para todos os trabalhadores, valorização do subsídio de refeição, valorização do subsídio de turno, e valorização do subsídio de laboração contínua.
Trabalho
Trabalho: a maldição das zonas cinzentas
Tiago Magaldi e Mateus Silveira de Souza
Segundo o sindicato, a empresa “ignorou” a proposta, “recusando sequer reunir para a discussão da proposta”. Acabou por aplicar, unilateralmente, um aumento salarial de 4%. O sindicato dá também conta de que, na Novadis em particular, os trabalhadores reivindicam o “fim da discriminação nos aumentos salariais”, aumentos mínimos de 150€ para todos com garantia de salário mínimo de 1.000€, 25 dias de férias e 35 horas semanais. Também nesta situação em particular, “a empresa ignorou”, tendo-se “recusado a negociar o que quer que seja” e “aplicando aumentos salariais anémicos negociados com a UGT”.
O Grupo Heineken engloba várias empresas que se fundiram numa só, como a Sociedade Central de Cervejas, a Água e as Termas do Luso, a Água Castello (Mineraqua), e a Hoppy House Brewing, tendo ficado de fora a NOVADIS, que mantém a sua independência.