Esta terça-feira, os trabalhadores da fábrica Faurecia, em Bragança, fazem greve e uma concentração em frente à empresa às 11 horas devido à “falta de resposta e de compromisso da parte patronal” na negociação do caderno reivindicativo que lhe foi entregue e de uma proposta de aumentos salariais “de tostões”.
Em comunicado, o Site-Norte avalia que “a nova administração desvaloriza totalmente todas as reivindicações dos trabalhadores, desde o aumento salarial, aos subsídios de transporte, limpeza e manutenção de farda, alimentação, bem como diuturnidades e gozo de férias. Tenta assim cortar com um percurso de algum reconhecimento, seguido pela anterior administração, ao nível salarial e de condições de trabalho”.
Reclama-se ainda de uma avaliação de desempenho que tem sido classificada “como enviesada e opaca, tendo como único objetivo a justificação da política salarial da administração”.
Sobre a falta de vontade de fazer aumentos salariais dignos, a organização sindical lembra que a Faurecia pertence à multinacional Forvia, grande produtora de componentes para automóveis, e que tem apresentado sucessivamente lucros cada vez maiores: 14 milhões de euros em 2022, 17 milhões de euros em 2023 e 18 milhões de euros em 2024.
A paralisação tinha sido decidida num plenário no passado dia 15. Na mesma ocasião ficou ainda definida mais uma greve, em agosto, “caso a administração não altere as suas posições.
