Os termómetros registaram que a temperatura do ar alcançou os 38º C na cidade de Verkhoyansk no passado sábado, segundo fontes meteorológicas russas, citadas pela Deutsche Welle (DW). Esta é a mais alta temperatura registada naquela cidade, desde que há registo, na década de 1880.
Segundo a DW, Verkhoyansk é uma das cidades mais frias do planeta, juntamente com Oymyakon, outra localidade da Sibéria, e tem o recorde da temperatura mais baixa: -67,8º C registada em fevereiro de 1892. Mas Verkhoyansk detém também o recorde da maior amplitude térmica, entre temperaturas máximas e mínimas já registadas e tem o recorde da média mínima de -48,3º C, no mês de fevereiro de 1892. O serviço meteorológico de Yakutia refere que é normal as temperaturas chegarem até aos 30º nesta parte da Sibéria, mas em julho e não em junho e não tão elevadas.
O serviço meteorológico russo já tinha previsto que as temperaturas na Sibéria podem exceder em 10 graus a média normal e alertou que se a situação se mantiver o risco de incêndios florestais aumentará.
Esta terça-feira, a Direção-Geral da Indústria da Defesa e do Espaço da Comissão Europeia divulgou no twitter, que a temperatura na superfície da Terra pode ter chegado aos 45º em diversas áreas do Círculo Polar Ártico, segundo dados do Serviço Europeu de Alterações Climáticas Copernicus (C3S).
A severe heatwave is affecting the #Arctic circle
Reports indicate air temperature reached 38° C in #Verhojansk in #Siberia, and as shown by #Sentinel3 the Land Surface Temperature (LST) 45°C
This is a comparison between 2019 and 2020#ArcticHeatwave #ClimateAction pic.twitter.com/xHOLfcrkLc
— DG DEFIS #UnitedAgainstCoronavirus (@defis_eu) June 23, 2020