Antes da partida do Casino Lisboa, Mariana Mortágua falou aos jornalistas, dizendo que cada pessoa presente na ação de campanha “corre ao seu ritmo e como quer”, mas com um objetivo em comum. “Temos pressa para ter justiça”, disse.
O Bloco de Esquerda organizou este sábado uma corrida no Parque das Nações, em Lisboa, com o mote “É tempo de correr com as desigualdades”. A ação de campanha contou com a participação de centenas de pessoas, que fizeram o percurso de três quilómetros entre o Casino Lisboa e o Parque Tejo.
“Corremos para que os super-ricos possam contribuir para pagar as pensões de todos, a escola de todos, a saúde de todos. Estamos aqui nesta corrida para dar esse sinal”, disse a coordenadora do partido.
Para além das ações de campanha como a corrida, a dirigente bloquista lembrou que há uma campanha que acontece sem imprensa pelo país fora, em modelo porta-a-porta. “É uma campanha para explicar a todos que é possível viver melhor em Portugal”, disse.
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Mortágua e Louçã juntam‑se para explicar a importância de taxar os ricos
“É possível taxar os mais ricos para ter melhores serviços públicos para todos. É possível pormos tetos às rendas para conseguir ter casa. É possível respeitar quem trabalha por turnos. E estamos aqui hoje para mostrar que há um país que tem pressa em que isso aconteça”, explicou Mariana Mortágua.
Na passada sexta-feira, o Bloco de Esquerda visitou o bairro de Aldoar, no Porto, para mostrar as desigualdades gritantes na sociedade, e denunciar casos de falta de eletricidade e água em habitações. No mesmo dia, a coordenadora do partido juntou-se a Francisco Louçã, candidato do partido pelo círculo eleitoral de Braga, para explicar a importância de taxar as grandes fortunas para garantir justiça fiscal e uma melhor vida para quem trabalha em Portugal.
A corrida até ao Parque Tejo, em que os participantes vestem camisolas onde se lê “Taxar os ricos”, é o próximo passo na campanha que o Bloco de Esquerda está a fazer sobre a desigualdade em Portugal e sobre como reduzi-la.
Para Mariana Mortágua, o Bloco “inaugurou uma nova forma de fazer campanha em Portugal”, que “não faz o espetáculo pelo espetáculo” mas que “vai ouvir as pessoas e vai ter com elas”.