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Técnicos do espetáculo exigiram não serem deixados para trás

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos organizou esta noite uma manifestação no Terreiro do Paço, em Lisboa, para lutar contra a invisibilidade dos técnicos do espetáculo que ficaram sem atividade na crise pandémica. 
Manifestação dos técnicos do espetáculo, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Foto via facebook de Ricardo Moreira.
Manifestação dos técnicos do espetáculo, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Foto via facebook de Ricardo Moreira.

Milhares de técnicos do espetáculo ficaram sem atividade devido à crise pandémica. Com a proibição e cancelamento de festivais, conferências, produções audiovisuais e concertos, muitos ficaram simultaneamente sem rendimento e sem acesso a apoios.

Foi isso que motivou a criação da APSTE - Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos. Criada em plena pandemia, a APSTE reuniu em três meses mais de 160 associados, representando cerca de 1500 profissionais e mais de três mil postos de trabalho indiretos, nomeadamente técnicos em regime de freelance, num universo empresarial com faturações superiores a 140 milhões de euros apenas em 2019.

Esta terça-feira, organizaram uma manifestação no Terreiro do Paço, em Lisboa, para reivindicarem “apoios governamentais que nos ajudem a sobreviver durante este momento tão peculiar da nossa história e que nos tem impedido de trabalhar e reencontrar as nossas equipas, que tanto já fizeram pelo mundo audiovisual e artístico em Portugal. Precisamos de respostas mais concretas, por parte do Governo e medidas de apoio que nos permitam aguentar todo um setor que se encontra completamente imobilizado”, declara o presidente da associação, Pedro Magalhães, ao Diário de Notícias.

No inquérito realizado entre os associados da APSTE, concluíram que 60% acederam ao regime de lay-off simplificado. "As outras não conseguiram porque tinham dívidas ou outras dificuldades ou porque eram microempresas", explica Pedro Magalhães ao Diário de Notícias. "E 56% das empresas disseram-nos que a partir de julho não terão capacidade para assegurar os pagamentos."

"E mais grave ainda: continuamos parados. O país fala da retoma, mas nós continuamos parados e não acredito que a atividade volte ao normal antes do próximo verão", diz ainda.

Em declarações à comunicação social, o deputado municipal do Bloco de Esquerda em Lisboa, Ricardo Moreira, considerou que “são milhares de pessoas que fazem cultura em Portugal. São milhares de pessoas que ficaram sem trabalho ou estão em layoff. São milhares de pessoas que não podem ser deixadas para trás”. 

São centenas de pessoas que fazem a #cultura em #Portugal. São centenas de pessoas que ficaram sem trabalho ou estão em layoff. São centenas de pessoas que não podem ser deixadas para trás.

Publicado por Ricardo Moreira em Terça-feira, 11 de agosto de 2020

 

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