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TAP: Bloco quer escrutinar todos os atos de gestão que possam ter lesado interesse público

Mariana Mortágua reforçou a importância da comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP que tomou posse esta quarta-feira, sublinhando que a mesma poderá trazer “transparência a todos os atos de gestão que possam ter lesado o interesse público”.
De acordo com a deputada do Bloco de Esquerda, o partido já requereu toda a correspondência entre a administração da TAP e todas as tutelas políticas nos vários ministérios sobre prémios de gestão, prémios de rescisão e salários.
“Queremos perceber como foram decididos os prémios que foram pagos”, ter acesso a “todos os elementos do contrato da CEO da TAP” e conhecer “todos os termos da sua negociação, inclusive toda a comunicação com o gabinete de advogados que assegurou a TAP neste processo”, detalhou Mariana Mortágua.
O Bloco considera “importante escrutinar outras decisões da gestão, nomeadamente contratos de consultoria”, pelo que também quer que a comissão de inquérito tenha acesso a todos estes contratos, “incluindo o contrato de consultadoria decidido para escolher a assessora da atual privatização da TAP”, que contempla “uma empresa norte-americana que já tinha trabalhado com a CEO da TAP no passado”.
A deputada bloquista explicou ainda que foram pedidos todos os documentos que dizem respeito à escolha da frota automóvel da TAP, que justificam as decisões tomadas e que podem atestar de existiam ou não hipóteses mais baratas.
Bem como toda a documentação que diga respeito à decisão de David Neelemande no sentido de “trocar a frota de aeronaves e de utilizar esses recursos para pagar a própria TAP no momento da sua privatização em 2015”.
“Esta é uma notícia que chegou depois de constituída a comissão de inquérito”, e é importante perceber “se a tutela tinha ou não conhecimento do negócio da venda e da utilização do dinheiro para a capitalização da TAP e, portanto, para pagar a privatização da TAP”, vincou Mariana.
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