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TAP: Bloco exige informação sobre prémios milionários escondidos

Bónus da presidente da TAP pode atingir 3 milhões de euros. No âmbito da comissão de inquérito aprovada esta sexta-feira, o Bloco vai requerer “o conjunto de todos os contratos dos administradores, todas as condições salariais, todos os prémios atribuídos”.
Christine Ourmières-Widener no Parlamento a 18 de janeiro. Foto José Sena Goulão/Lusa

Em declarações aos jornalistas, Mariana Mortágua afirmou que existe um problema de substância e outro de forma no bónus atribuído à presidente da TAP.

“De substância, porque qualquer trabalhador da TAP que faça o seu trabalho bem feito recebe o salário com um corte de 20%. A CEO, para fazer bem o seu trabalho, recebe um salário anual de 500 mil euros, mais um bónus que pode ir até três milhões de euros”, apontou.

A deputada considera esta desigualdade de remuneração “inaceitável na sociedade e numa empresa pública que está a cortar nos salários dos trabalhadores enquanto paga prémios milionários à administradora”.

Por outro lado, defendeu que é preciso “combater e opacidade e falta de transparência”, já que os bónus, contratos e salários dos gestores se mantêm secretos. Neste contexto, o Bloco vai requerer, no âmbito da comissão de inquérito aprovada esta sexta-feira (com a abstenção do PS e PCP, e os votos favoráveis das restantes bancadas) “o conjunto de todos os contratos dos administradores, todas as condições salariais, todos os prémios atribuídos”.

Sobre o apuramento de responsabilidades, a dirigente bloquista assinalou que “o governo tem responsabilidade como um todo, já que a TAP tem tutelas partilhadas”, ainda que, em última instância, o primeiro-ministro deva sempre responder pelo seu executivo.

Mariana defendeu ainda que, “se há prémios que são ilegais e incompreensíveis então a tutela, o governo, deve ter uma ação, e deve impedir que estes prémios sejam pagos”.

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