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Subterrâneos da Precariedade: documentário retrata precariedade na investigação
À precariedade do trabalho científico juntam-se a endogamia académica e o feudalismo universitário. Mas nem tudo é sombrio nos Subterrâneos da Precariedade. O documentário que pretende fazer o retrato social do Ensino Superior em Portugal traz-nos também a ideia de que “a consciência de uma classe subalternizada fez brotar uma onda de revolta que nenhum reitor esperava tão destemida”.
Um diagnóstico e uma esperança que se podem começar a conhecer a partir da estreia deste filme no próximo domingo, dia 22 de setembro, pelas 16 horas no Cinema Trindade no Porto. Depois haverá uma conversa com o realizador Luís Monteiro, com Teresa Summavielle e um representante do Cinema Trindade. Seguem-se mais duas apresentações em Coimbra e no Porto.
Na sinopse dos Subterrâneos da Precariedade encontra-se a ideia de que nos “últimos vinte anos” houve “um aumento exponencial da produção científica em Portugal”, uma realidade feita à custa de quem não tem voz dentro das Universidade nem é reconhecido. Neste mundo académico “os reitores comemoram os resultados científicos mas não contratam investigadores. Os investigadores produzem ciência mas mantêm-se invisíveis aos olhos dos seus dirigentes máximos”.
Para o realizador Luís Monteiro, algo mudou contudo. “Nos últimos quatro anos, a situação alterou-se” e “pela primeira vez em anos a fio de precariedade científica e desinvestimento no ensino superior, o debate ultrapassou as fronteiras da Academia”. Assim, “o poder no seio da Academia está, de novo, em discussão”.
O retrato desta dupla realidade conta com declarações de Teresa Summavielle, do i3S, de Ana Petronilho da Universidade Nova de Lisboa, do Núcleo de Bolseiros do Instituto Superior Técnico, de José Neves da Universidade Nova de Lisboa, de Bruno Béu e Daniel Carapau da FCT, de Ernesto Costa da Universidade de Coimbra, de Maria de Sousa, Professora Emérita, e de João Veloso da Universidade do Porto.
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