De acordo com a agência Bloomberg, um dos acusados era um antigo membro do conselho de administração e o outro um ex-director da empresa. Ainda de acordo com a mesma agência, os investigadores encarregados do processo pediram ao Ministério Público que a própria Ferrostaal AG seja citada no processo, permitindo assim confiscar os lucros obtidos pela empresa com os negócios realizados com Portugal e Grécia.
Os desenvolvimentos agora verificados no processo foram possíveis devido à recusa da empresa em pagar uma multa de 196 milhões de euros para desfecho do caso.
Contrapartidas em Tribunal
No final de Janeiro deste ano, o Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu acusar de falsificação de documentos e de burla qualificada nove portugueses arguidos no caso das contrapartidas com a compra de dois submarinos.
Os arguidos são acusados em co-autoria, estando em causa um contrato de contrapartidas entre o Estado Português e o consórcio alemão German Submarine Consortium, do qual faz parte a Man Ferrostaal.
A par do caso das contrapartidas, continua em investigação a compra dos dois submarinos quando Durão Barroso era Primeiro-Ministro e Paulo Portas Ministro da Defesa. Recorde-se também que o negócio envolveu a ESCOM que, na altura, agiu como intermediário com o consórcio alemão tendo recebido cerca de 30 milhões de euros pela sua participação.