Jürgen Adolff, então cônsul português em Munique, na Alemanha, descreveu, em 2004, aos gestores da Man Ferrostaal os encontros que teve com o dirigente do CDS, Paulo Portas, com o actual presidente da Comissão Europeia e então primeiro-ministro eleito pelo PSD, Durão Barroso, e com Mário David, à época assessor deste último.
O ex-cônsul, a quem os gestores alemães haviam solicitado que exercesse influência sobre os responsáveis governamentais no negócio de compra dos submarinos, terá almoçado com Durão Barroso, com Johann Friedrich Haun, ex-administrador da Man Ferrostaal, e com Mário David, em Munique, em 2005. Neste encontro, Durão Barroso terá dito ao seu assessor e a Adolff para continuarem “com as negociações com o consórcio”.
Segundo Jürgen Adolff, terá também existido outro encontro na residência oficial do ex-primeiro ministro.
A assessora de Durão Barroso já veio desmentir estas informações, afirmando que “Durão Barroso nunca deu instruções ou encarregou alguém de em seu nome fazer fosse o que fosse nessa matéria”. Contactado pelo DN, Mário David negou ter participado nestes encontros.
Também Paulo Portas, com quem Jürgen Adolff alega ter tido conversas sobre o negócio dos submarinos, rejeita estas declarações.