Lutas

Sindicatos suspendem denúncia do acordo coletivo por parte da EDP

14 de novembro 2025 - 12:16

Recurso ao Conselho Económico e Social para arbitragem suspende a intenção da administração da EDP. Mas só a luta e a unidade na ação em defesa do ACT pode determinar o rumo dos acontecimentos, alerta a Fiequimetal.

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Trabalhadores da EDP em luta
Trabalhadores da EDP em luta. Foto Fiequimetal

Em comunicado aos trabalhadores do Grupo EDP, a Fiequimetal anuncia que requereu ao Conselho Económico e Social a apreciação à fundamentação dos motivos económicos e estruturais apresentados pela EDP para denunciar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) na empresa. Trata-se de um direito consagrado no Código do Trabalho e que suspende a intenção da administração, que terá agora de justificar os fundamentos que apresentou e manter ou alterar a sua proposta.

A federação sindical afeta à CGTP diz que “será a luta e a unidade entre todos os trabalhadores, que determinará o rumo dos acontecimentos da defesa do ACT” e acusa a administração da EDP de ter interrompido o processo negocial das progressões na carreira “à boleia do pacote laboral” que o Governo pretende aprovar. Tirando a questão das progressões e da sua valorização, os sindicatos entendem que o ACT “é um texto equilibrado, pese a necessidade de melhorias pontuais que poderiam ser introduzidas” e ao mesmo tempo “nivelado por cima face ao panorama existente da contratação colectiva em Portugal”.

Com a denúncia do acordo, e independentemente do resultado da arbitragem agora em apreciação, “a hora é de unidade na ação entre todos”, pelo que a Fiequimetal irá reunir com as demais estruturas representativas dos trabalhadores com o objetivo de repetir a unidade que ocorreu em 2023, “desta vez para defender um acordo coletivo que valorize quem trabalha e não o seu oposto”.

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