Este domingo, a coordenadora do Bloco de Esquerda participou no Inconformação, evento de formação dos Jovens do Bloco. Falando aos jornalistas, Mariana Mortágua avançou que é necessário fazer um “balanço” da governação de Luís Montenegro e que a campanha do Bloco de Esquerda para as eleições legislativas será feito sobre “temas essenciais”.
“Queremos fazer esta campanha sobre tetos nas rendas e para baixar o preço da habitação”, disse a dirigente bloquista, que criticou também a forma como o governo em gestão tem anunciado avanços na privatização da saúde.
Para além dos cinco hospitais que o Executivo de Luís Montenegro tinha anunciado que seriam tornados em parcerias público-privadas (PPP), foi posteriormente anunciado que as unidades de cuidados primários associadas a esses hospitais também passariam a gestão privada. O eventual resultado é a passagem a PPP de 174 centros de saúde.
Mariana Mortágua salientou que “o governo continua num plano de privatização da saúde apesar de estar em gestão” e defendeu que um governo em gestão “não pode tomar decisões que influenciem ou que tenham impacto estratégico no país”.
Eleições
Marcelo marca eleições para 18 de maio, Bloco fará campanha “para resolver impasses”
Devido a esses avanços, a coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu que o Presidente da República tem “o dever” de garantir que o governo em gestão não ultrapassa os seus poderes, considerando que avançar o plano desta forma é “uma irresponsabilidade”.
Sobre a campanha eleitoral, a dirigente bloquista garantiu que será feito “um balanço da governação de Montenegro” nas principais áreas da sociedade portuguesa, como na habitação e na saúde, mas assumiu também que o facto de Luís Montenegro “não querer dar explicações” vai “segui-lo ao longo da campanha”.
A campanha do Bloco de Esquerda será então feita à volta desses temas “essenciais” para a soceidade portuguesa, principalmente “a habitação, a saúde, o trabalho”, confirma Mariana Mortágua.