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Queixas suspendem construção de fábrica da Tesla

Construção de mega fábrica de veículos elétricos planeia abater 82,8 hectares de floresta e destruir o habitat de espécies protegidas de lagartos e cobras. Tribunal de Frankfurt alerta que esta decisão não é final.
Fábrica Tesla nos Estados Unidos da América.
Fábrica Tesla nos Estados Unidos da América. Fotografia de Maurizio Pesce/Flickr.

Prevista para Brandenburgo, na Alemanha, a Tesla iria expandir o local da sua fábrica de automóveis elétricos na Alemanha. Porém, as providências cautelares apresentadas por duas associações ambientalistas interromperam os planos da empresa do multimilionário Elon Musk.

"Foi tomada uma decisão provisória para suspender o abate” de árvores na zona, segundo a decisão do Tribunal Administrativo de Frankfurt noticiada pela AFP.

As associações alertaram contra o abate planeado de 82,8 hectares de floresta pela Tesla para ampliar a sua fábrica de enormes proporções. Os ambientalistas alegaram que a operação viola a legislação ambiental alemã ao destruir o habitat de espécies protegidas de lagartos e cobras, explica a Lusa.

Porém, o tribunal alemão explica que esta é apenas uma suspensão, uma vez que “ainda não foi tomada uma decisão fundamentada sobre o caso”.

A fábrica, a primeira da marca no continente europeu, pretende produzir anualmente 500.000 veículos elétricos. No entanto, o impacto deste enorme complexo no equilíbrio ecológico e nos recursos hídricos desta área fortemente arborizada é preocupante para as organizações ambientais.

Outra queixa das associações é que o construtor americano ainda não possui uma licença de construção final, que está sujeita a vários procedimentos que incluem a avaliação do impacto ambiental do projeto.

As autoridades locais permitiram, no entanto, que o construtor começasse a trabalhar "por sua conta e risco" enquanto esperava pela luz verde final.

A "Tesla não pode e não deve estar acima da lei", disse Heinz Herwig Mascher, representante da associação Grüne Liga em Brandenburg.

O gigante norte-americano já tinha sido forçado em fevereiro a suspender durante vários dias o abate de 90 hectares de árvores, na sequência de uma queixa do mesmo grupo de ecologistas.

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