A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou esta quinta-feira que irá transferir os dois polícias envolvidos no assassinato de Odair Moniz na Cova da Moura por “razões de segurança”. O polícia que matou Odair está de baixa psiquiátrica, mas “será transferido no dia em que se apresentar ao serviço”.
O outro polícia, que não fez qualquer disparo, já foi transferido do comando da Amadora para outra unidade na grande Lisboa. A PSP invocou também “razões de segurança” para não divulgar o novo local de trabalho dos dois agentes, aproveitando assim para não especificar se estarão a trabalhar no campo ou atrás de uma secretária durante a investigação da Polícia Judiciária (PJ).
Já se passou um mês e meio desde a morte de Odair e as investigações da PJ e da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) ainda não estão concluídas, estando a primeira na parte final, segundo o Expresso. A procuradora do Ministério Público que encabeça o caso já pediu para interrogar o agente que que fez o disparo.
Lembre-se que o comunicado oficial da PSP, que colocava uma arma branca nas mãos de Odair Moniz, foi desmentido pelos próprios polícias que estavam no local. Na altura, o agente em questão já tinha prestado declarações e foi constituído arguido pelo crime de homicídio simples, mas como não estava presente um magistrado do Ministério Público, o processo terá de se repetir.
Margarida Blasco será ouvida no parlamento, uma vez que a Assembleia da República aprovou a sua audição para prestar esclarecimentos sobre a morte de Odair Moniz e sobre a atuação da PSP.