Pedro Filipe Soares interveio esta sexta-feira de manhã na Assembleia para denunciar o sucedido na noite da véspera, quando acompanhava o piquete de greve dos CTT em Cabo Ruivo (Lisboa), juntamente com o deputado comunista Bruno Dias e o secretário-geral da CGTP Arménio Carlos. Ambos os deputados se identificaram como tal perante a polícia, mas isso não impediu que fossem afastados à força do local onde se encontravam.
"Colocou-se em causa o que é um direito dos deputados desta Assembleia da República, que é o da livre circulação, e, para nós, um ato como esses não pode passar sem uma explicação cabal", afirmou Pedro Filipe Soares, pedindo a intervenção da presidente da Assembleia da República para esclarecer esta "restrição da liberdade de deputados" por parte do forte contingente da PSP, que incluía a polícia de choque.
Na resposta, Assunção Esteves afirmou que "a função do deputado é sagrada" e que irá tentar "saber rapidamente o que se passou". Como "o dever de reagir e saber é imediato", segundo a presidente da AR, acrescentou que não irá esperar pela conferência de líderes parlamentares para pedir explicações ao ministro da Administração Interna pelo sucedido na noite de quinta-feira em Cabo Ruivo.