O Eurostat escreve que os aumentos mais acentuados do preço médio da produção agrícola ocorreram em Espanha e Portugal, ambos com subidas a atingirem a fasquia dos 33%.
O Serviço de Estatística da União Europeia refere que “uma seca na Península Ibérica em 2023 levou à redução da produção, o que impulsionou ainda mais o aumento dos preços”.
A subida homóloga dos preços dos produtos agrícolas de base abrandou para os 17% no conjunto da UE, uma taxa inferior à registada no trimestre anterior, de 26%.
A Lituânia foi o único país da UE em que o preço médio da produção agrícola caiu durante este período, com uma redução de 2%. Hungria (+29%), Polónia (+20%) e Eslováquia (+19%) registaram as taxas de aumento mais acentuadas do preço médio dos insumos não relacionados com o investimento. As taxas de crescimento mais baixas registaram-se nos Países Baixos (+1%), Malta e Luxemburgo (ambos +3%).
No que respeita ao produtos que compõem o cabaz de base, os ovos registaram o maior aumento de preços, equivalente a 60% na média da UE, seguindo-se o arroz (51%) e a carne de porco (49%).
O Eurostat assinala que a subida do preço dos ovos decorre da escassez de cereais forrageiros, utilizados na alimentação das galinhas e do impacto de um surto de gripe das aves na Bélgica e nos Países Baixos.
O Serviço de Estatística da União Europeia adianta ainda que os preços na produção, ou seja, os custos suportados pelos agricultores, registaram aumentos de 11% para o mesmo cabaz de fatores de produção no primeiro trimestre do ano, face ao período homólogo. No quarto trimestre de 2022 a taxa foi de 27%. No caso deste cabaz, os alimentos para animais (16%), as sementes e material de plantação (14%) e os produtos fitofarmacêuticos e pesticidas (12%) apresentaram as subidas mais pronunciadas.