O Índice de Preços no Consumidor do Instituto Nacional de Estatística, divulgado esta terça-feira, mostra que a subida de preços nos setores da alimentação e energia continua, apesar da “desaceleração” da inflação que tinha sido 2,4% em janeiro e passou a ser de 2,1% o mês passado.
No que diz respeito aos preços da energia houve um aumento para 4,3% e o índice referente aos produtos alimentares não transformados “desacelerou para 0,8% (3,1% no mês anterior)”.
Comparados os preços entre fevereiro deste ano e do ano passado, no setor da energia regista-se uma subida do preço da eletricidade em 18,3% e dos combustíveis em 3,4%, ao passo que o preço do gás desceu 18,7%. Combinados, no total houve um aumento para 4,3%.
O INE esclarece que a “desaceleração” em causa é “parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em fevereiro de 2023”. Isto é, existe porque comparada com um mês de subidas acentuadas de preços.
Pelas categorias utilizadas por esta instituição, Em habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis houve um aumento de 5,7%; em Restaurantes e hotéis de 6,1%; em Transportes de 3,18%.
Entre as despesas incluídas na primeira categoria, a recolha de lixo aumentou 11,9%, as rendas 6,5%, a água 4,25% e o saneamento 2,78%. E se os combustíveis subiram 3,4%, também os preços dos transportes públicos se agravaram: com um aumento de 4,72% nos comboios e de 2,1% no transporte rodoviário de passageiros.
A subida homóloga de preços de bens alimentares e bebidas não alcoólicas entre fevereiro de 2024 e de 2023 foi de 0,8%. Assinalam-se subidas do preço das frutas de 3,22%, de 2,38% nos óleos e gorduras, de 1,68% na carne, águas e refrigerantes e do café, chá e cacau, de 0,7% no pão e cereais. Por outro lado, houve descidas no preço do peixe, 0,11%, no leite, queijo e ovos, 1,6%, e nas hortaliças, 1,8%.