Num comunicado emitido horas depois de o presidente dos Estados Unidos ter anunciado a morte de Bin Laden, o Partido da Esquerda Europeia afirma que “na verdade as tropas americanas realizaram uma operação com o objectivo de matar e não de capturar o dirigente da al-Qaida”. O processo utilizado representa “uma missão punitiva, uma vingança ou uma tentativa para evitar as dificuldades que poderiam resultar da captura e da garantia de um julgamento justo”. Mais uma vez, lê-se no comunicado, “tal como já aconteceu com Saddam Hussein, os Estados Unidos mostraram o que entendem por ‘justiça’”.
O Partido da Esquerda Europeia “condena por isso a execução de Bin Laden, coerente com a sua absoluta rejeição da pena de morte. Lembramos que sendo Bin Laden um terrorista, é a instabilidade do mundo mantida pelo sistema de dominação política, económica e militar da NATO que fez com ele existisse”.
Além disso, acrescenta o PEE, “George Bush usou os ataques da al-Qaida como pretexto para a invasão do Afeganistão e sobretudo para controlar os oleodutos na região e estabelecer bases militares nas rotas entre a Rússia e a China”.
O Parido da Esquerda Europeia acredita que “a luta a longo prazo contra o terrorismo consiste no acesso de todos os povos à independência, soberania económica e democracia. Essa é a mesma política que contribuiu para os levantamentos no mundo árabe. São os povos do mundo árabe de hoje que amanhã serão os intérpretes da democracia, direitos humanos e justiça”.
Notícia retirada do site do Grupo Parlamentar Europeu do Bloco de Esquerda.
