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Parlamento britânico chumba acordo de Brexit

O acordo de Brexit proposto pela Primeira-Ministra Theresa May foi chumbado com 432 contra e 202 votos a favor. O Labour anunciou já uma moção de censura.
Foto de Mick Baker rooster/Flickr

A saída negociada por Theresa May foi chumbada pela maioria dos parlamentares britânicos. De acordo com o negociado com a União Europeia, a saída deveria ocorrer dia 29 de março. Agora, a situação é de incerteza quanto ao futuro.

Esta é a maior derrota de um governo do Reino Unido em votações na Casa dos Comuns. Todos os analistas falam em "derrota histórica". Mas May insistiu em mostrar-se otimista na tentativa de chegar ainda a uma solução esperando "colaboração e apoio" para alcançar um consenso sobre esta matéria. A primeira-ministra alega ser seu dever avançar com o Brexit apesar das dificuldades que enfrenta após esta derrota.

No debate parlamentar, May defendeu que "uma saída sem acordo não foi aquilo que os britânicos votaram" e que um segundo referendo daria lugar "a mais dois meses de incerteza e divisões" no país.

Jeremy Corbyn, líder do Labour, o principal partido da oposição, considerou que o acordo era "mau para a economia", "perigoso para o país", "para a democracia", para "os padrões de vida" e o "futuro coletivo".

Na sequência da votação Corbyn anunciou uma moção de censura afirmando estar "satisfeito"  "que a moção seja debatida amanhã. Para que esta Câmara possa dar o seu veredicto sobre a incompetência deste governo"

A União Europeia reagiu a esta decisão pela voz de Juncker. O Presidente da Comissão Europeia "lamentou" a decisão e incitou o Reino Unido a "clarificar as suas intenções tão depressa quanto possível.

Donald Tusk, Presidente do Conselho Europeu, advertiu que a União Europeia está "preparada" para “o risco de uma saída desordenada" que, sublinha, "aumentou”.

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