As alterações anunciadas por Boris Johnson são recusadas pela Comissão Europeia. Bruxelas avisa que não vai renegociar o Portocolo e pretende recorrer ao Tribunal de Justiça da UE.
Garantindo que “a UE e o Reino Unido continuarão a trabalhar lado a lado na obtenção dos seus objetivos comuns”, a presidente da Comissão Europeia assinalou que os pontos principais de controvérsia foram sanados neste acordo.
A emenda proposta pelo eurodeputado José Gusmão previa também a existência de um suporte físico a atestar o estatuto de residente. A ausência desse documento está a dificultar a vida a quem escolheu o Reino Unido para viver e trabalhar.
A última sondagem do YouGov aponta para a queda da intenção de voto no partido de Boris Johnson, que lhe pode custar a maioria. Campanha online dos Conservadores é a que espalha mais mensagens enganadoras, apontam entidades de verificação de factos.
Nas eleições britânicas da próxima quinta-feira joga-se não apenas a saída ou não do país da União Europeia (o chamado “Brexit”), mas também o futuro dos serviços públicos, em especial do Serviço Nacional de Saúde (NHS). Por Jorge Martins.
“Há uma semana Donald Trump disse a Nigel Farage para fazer um pacto com Boris Johnson. Hoje, Trump viu cumprido o seu desejo”, afirmou o líder trabalhista Jeremy Corbyn após o anúncio de que o partido do Brexit não se candidata nos círculos com deputados conservadores.
O líder da oposição anunciou o levantamento do bloqueio a eleições antecipadas e promete lançar “a campanha mais ambiciosa e radical pela mudança que este país jamais assistiu”.
Boris Johnson conseguiu fazer avançar no parlamento a discussão do acordo de saída da UE, mas logo a seguir viu os deputados chumbarem a proposta para discutir tudo até ao fim da semana.
Com um novo acordo de saída a ser votado em Westminster, e muita incerteza no horizonte, a fadiga do Brexit em estado terminal não pode sobrepor-se a imperativos de classe fundamentais. Por Kevin Ovenden/Counterfire.
Boris Johnson afirma ter chegado a acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. Porém, o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte, fundamental para a aprovação do acordo no parlamento britânico, diz não ter condições para aceitar o pacto.
Boris Johnson apresentou a Bruxelas um novo acordo de Brexit, que passa por um backstop apenas para a Irlanda do Norte, mantendo-a alinhada com regras europeias, ao contrário do resto do país.
O atoleiro do mainstream, patente nas peripécias parlamentares em torno do Brexit na semana passada, não consegue ocultar que a política é mais que o que se passa em Westminster. Por Lindsey German/Counterfire.
Trabalhistas deram em congresso voto de confiança a Corbyn e recusaram adotar uma posição remain face ao Brexit. Partido vai procurar novas eleições, um melhor acordo com a UE, e um referendo final. Semana de 32 horas e abolição de colégios privados são outras propostas aprovadas.
Os juízes Do Supremo tribunal decidiram, por unanimidade, que a manobra de Boris Johnson de suspender o Parlamento para poder avançar mais facilmente com uma saída não negociada do Reino Unido da União Europeia é ilegal.
Afastadas eleições para já, e com o parlamento suspenso, a política britânica vai entrar em pré-campanha até meados de outubro. À direita, Johnson procura unificar todo o voto Brexit. À esquerda, Corbyn tenta deslocar o debate para uma mudança decisiva de poder a favor dos trabalhadores.
A partir desta noite, o parlamento britânico ficará suspenso até ao dia 14 de outubro. A oposição sublinha que a suspensão serve para tirar tempo de trabalho aos deputados. Johnson considera o pedido de extensão do Brexit "inútil". Mas a rainha promulgou a lei aprovada no Parlamento que o obriga a fazê-lo.
Perdida a maioria conservadora no parlamento, e com este em conflito aberto com o governo, novas eleições são a única saída para o impasse no Brexit. Quem as convocará, como, e para quando, será a batalha nas próximas semanas.
O governo de Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, perdeu esta terça-feira a maioria parlamentar, depois de um dos seus deputados ter mudado de partido, para os Liberais Democratas.
União Europeia pondera qualificar o Brexit como um “desastre natural” para poder libertar fundos europeus para ajudar Estados-membros. Esta terça-feira, o parlamento europeu discute lei para novo adiamento que Boris Johnson quer evitar a todo o custo.
Manifestações em dezenas de cidades protestam este sábado em defesa da democracia e contra o encerramento do parlamento britânico proposto pelo primeiro-ministro Boris Johnson.
O Labour tem de voltar a dar prioridade ao derrube de Boris Johnson através de uma moção de censura e recuperar a ligação com o movimento nas ruas. Por David McAllister/Counterfire.
Depois de Boris Johnson ter pedido a suspensão do Parlamento e de Isabel II ter aprovado, a petição que se opõe a este ato conseguiu um milhão e meio de assinaturas em tempo recorde. Há ações judiciais contra e nas ruas foram milhares a dizer “parem o golpe”.
O executivo britânico de Boris Johnson pediu à Rainha Isabel II que suspendesse o Parlamento até meados de outubro, o que daria aos membros do parlamento poucas hipóteses para travarem um Brexit sem acordo.
Com o prazo de saída da UE cada vez mais próximo, Boris Johnson procurou concessões junto de Merkel e Macron, pouco recetivos. No parlamento, multiplicam-se manobras de sucesso incerto para impedi-lo de impor saída sem acordo.
Um relatório secreto a que o Sunday Times teve acesso detalha alguns dos problemas que decorrem da saída do Reino Unido da União sem acordo: falta de medicamentos, de alimentos e de combustível.