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Palestina: Marisa tem “pouca expetativa” quanto à reunião de emergência da diplomacia da UE

Em declarações ao Fórum TSF, a eurodeputada do Bloco diz que não há possibilidade de ter equidistância face ao massacre dos palestinianos pelos bombardeamentos israelitas.
Marisa Matias.
Marisa Matias. Foto Riccardo Pareggiani/Parlamento Europeu

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir de emergência esta terça-feira por videoconferência para discutirem a escalada de violência no conflito reacendido na semana passada, após a expulsão por Israel de famílias palestinianas das suas casas em Jerusalém.

Ouvida no Fórum TSF desta segunda-feira, Marisa Matias diz que tem “pouca expetativa” quanto ao resultado do encontro dos chefes da diplomacia europeia. Em primeiro lugar porque a “posição da UE tem sido sempre equívoca”, quando “devia estar ao lado da defesa das resoluções da ONU e dos Direitos Humanos, através de uma condenação direta e sem hesitação da intervenção militar israelita”.

Apesar da ocupação “ter saído da agenda mediática” nos últimos anos, “este ataque ultrapassa tudo o que se possa considerar aceitável”, prosseguiu Marisa, acusando a União Europeia de procurar manter uma equidistância “quando não há possibilidade de ter equidistância” nesta matéria. Acusação que se estende à própria diplomacia portuguesa, que nas últimas semanas assumiu uma “posição dúbia e ambígua” sobre a escalada do conflito. Para Marisa, os estados democráticos “não podem aceitar de nenhuma forma esta intervenção de Israel”.

“Temos de ter posição muito firme de defesa de tanta gente que vive numa prisão a céu aberto e está a ser vítima de uma chacina”, defendeu a eurodeputada do Bloco, lembrando a política de “apartheid recorrente” por parte do governo israelita contra os palestinianos e também as acusações de corrupção que pendem sobre o primeiro-ministro Netanyahu, que agora “resolveu desviar atenções” para retomar os massacres em Gaza, incluindo desta vez “ataques diretos a jornalistas”.

“Tudo isto está fora de qualquer quadro de legalidade, direito internacional ou proteção dos Direitos Humanos”, resumiu Marisa.

Esta segunda-feira, o Bloco de Esquerda participa nas manifestações de apoio ao povo da Palestina que terão lugar em Lisboa e Porto. O ponto de encontro do Bloco de Esquerda em Lisboa será às 17h30 em frente à sede da Rua da Palma e no Porto será na Praça da Palestina (Rua Fernandes Tomás), igualmente às 17h30.

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