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Oito sindicatos juntam-se para fazer greve nos CTT
Os sindicatos representativos dos trabalhadores dos CTT dizem que a “situação nos CTT vai de mal a pior” e por isso marcaram três dias de greve. Os oito sindicatos convocaram a paralisação para os dias 30 de novembro, 2 e 3 de dezembro.
As duas principais reivindicações avançadas foram o reforço do número de trabalhadores que asseguram o serviço postal e aumentos salariais ainda este ano. À Lusa, Vitor Narciso, secretário geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, esclareceu que a frente sindical pretende “que seja reposta a normalidade nos CTT em termos de contratação coletiva e de qualidade do serviço público que é prestado à população, que é cada vez pior, com os atrasos a aumentar na distribuição de correspondência”.
O dirigente sindical informou ainda que o processo negocial dura desde o início do ano: “a empresa disse que não tinha dinheiro, mas pouco depois distribuiu prémios, com critérios subjetivos, e antecipou o pagamento do subsídio de Natal, parece que o problema não seria a alegada falta de liquidez, mas sim a falta de vontade de aumentar os salários”. Ainda assim, os sindicatos recuaram na última reunião de conciliação, pretendendo agora um aumento salarial de 20 euros por trabalhador, retroativo a 1 de junho de 2020, em vez de retroativo a janeiro.
Os sindicatos contrastam os valores dos dividendos distribuídos desde a privatização, 360 milhões de euros, com os escassos aumentos salariais dos trabalhadores: 5,3% ao longo de oito anos.
Em comunicado de 11 de novembro, os oito sindicatos acusam ainda a administração de não renovar contratos nem admitir para o quadro “as centenas de trabalhadores que fazem falta”, de manter uma péssima” qualidade do serviço e de estar a “tentar acabar com a contratação coletiva através de medidas unilaterais.
Num segundo comunicado conjunto, dizem que querem “defender os Correios de Portugal de quem os quer utilizar para outros fins e que querem “trabalhar sem serem “enxovalhados” diariamente. Isto porque são “cada vez mais ameaçados por uma gestão que ao mesmo tempo aumenta a repressão e as atitudes inquisitoriais”.
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