O Bloco de Esquerda dedicou este dia de campanha para as eleições regionais da Madeira ao tema da habitação. Para ilustrar o aumento dos preços das casas, o partido levou um quadrado de um metro no qual se podia ler o valor de 3.528 euros. É quanto custa o metro quadrado da habitação atualmente no Funchal, sendo mais 300 euros do que há dez meses, altura das últimas eleições regionais.
Presente na ação esteve Mariana Mortágua que sublinhou que esta é “uma zona onde a pobreza é das maiores do país, onde as desigualdades são das maiores do país, o preço das casas é dos mais altos do país, mas os salários são os mais pequenos”.
Ao passo que “a manutenção do poder do PSD e da direita só vai degradar um regime que está em desagregação”, a eleição de um deputado bloquista “pode mudar tudo” e o voto no Bloco aquele pode baixar o preço das casas, baixar a renda e “ter mais casas a preços acessíveis”.
Ao seu lado estava Roberto Almada, o cabeça de lista do partido para estas eleições que reforçou a mensagem: “é impossível hoje em dia uma pessoa que viva do seu salário, do seu modesto salário, comprar uma habitação, ou arrendar uma habitação no Funchal, ou em outra parte da Região Autónoma da Madeira”.
E “o Bloco de Esquerda faz falta” num parlamento regional onde neste momento não há partidos com “propostas alternativas” que possam mudar os preços das casas. Só que, defende, um novo governo regional “tem que ter a coragem de colocar medidas que sejam de rotura e que baixem o preço das casas na região”.
Nesse sentido, o Bloco tem propostas como impor tetos máximos nas rendas, destinar 25% dos apartamentos em novos empreendimentos para venda a preços acessíveis, limitar licenças para alojamento local e extinguir os ‘vistos gold’ na região para combater a especulação imobiliária.