A Navigator impediu dirigentes sindicais de acederem às instalações da empresa em Setúbal, no dia 26 de fevereiro. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul), que contestou a violação da lei, denunciando os objetivos do comportamento patronal.
Segundo a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN), a Navigator procura “condicionar a informação e a organização dos trabalhadores e, consequentemente, o seu direito a reivindicar melhores salários e melhores condições de trabalho e de vida”.
O sindicato solicitou a presença das autoridades, de forma a registar a ilegalidade. Os dirigentes foram barrados pelo vigilante de serviço, sendo notificados de que a administração não autorizava a entrada.
Segundo a intersindical “esta é uma tentativa de bloquear a legítima atividade sindical” que é feita por parte de uma empresa “que até diz ter elevada responsabilidade social”. O sindicato lembra que a Navigator teima em não cumprir uma sentença do Tribunal de Setúbal, que prevê a integração dos trabalhadores da JTP2, uma empresa prestadora de serviços, nos seus quadros.
Os dirigentes sindicais garantem que cumpriram o previsto no Código do Trabalho, nomeadamente no Art.º 460, tendo-se apresentado na portaria à hora indicada, para entrarem sem prejudicar o normal funcionamento da empresa.
A CGTP-IN não avançou mais informação sobre a contestação a esta violação da lei nem sobre que forma tomará.