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Não deixaremos famílias sem teto em Santa Maria da Feira

Bárbara Pinto, candidata do Bloco de Esquerda a Santa Maria da Feira, criticou o executivo por nada fazer face à crise de habitação que deixou dezenas de famílias sem teto no concelho.
 “O corte de sobreiros para a construção de um supermercado é a metáfora perfeita para a atuação do executivo do PSD em questões ambientais", disse Bárbara Pinto..
“O corte de sobreiros para a construção de um supermercado é a metáfora perfeita para a atuação do executivo do PSD em questões ambientais", disse Bárbara Pinto. Foto esquerda.net.

A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Bárbara Pinto, apresentou esta sexta-feira as propostas da candidatura para o concelho, acompanhada por Catarina Martins e Moisés Ferreira.

Na sua intervenção, concentrou-se nas respostas do Bloco para os problemas mais duros no concelho, nomeadamente os problemas de habitação, mobilidade, saúde e ambiente.

“Os profissionais foram levados ao limite. Mas apesar de todas as dificuldades, o Serviço Nacional de Saúde revelou-se indispensável. Sem ele, as consequências da pandemia teriam sido muito maiores. Sem o SNS, a população teria ficado ao abandono”, começou por dizer.  

“Candidata-mo-nos para garantir mais acesso à saúde no concelho. Mais médicos de família e centros de saúde para diminuir as inúmeras listas de espera. Mais saúde pública, diversificando as equipas com epidemiologistas e cientistas sociais. Mais saúde de cuidados primários com dentistas, nutricionistas ou fisioterapeutas”, três especialidades onde o SNS não garante resposta no concelho.

“Passámos por sucessivos confinamentos que fizeram com que o país se confronta-se com as carências de habitação”, um problema também em Santa Maria da Feira. “Faltam casas com condições condignas, e são muitas as casas mal isoladas que deixam passar frio ou humidade”, explica.

Em 2018, existiam 121 famílias com necessidade urgente de habitação. “É inadmissível que existam casas vazias, inclusivamente da própria câmara municipal, enquanto famílias precisam de um teto. Num concelho onde as rendas de habitação são cada vez mais caras, e onde as famílias têm cada vez mais dificuldade em suportar as despesas, não é aceitável que o concelho não desenvolva um programa de habitação acessível”, continuou por dizer definindo outra prioridade do Bloco.

“Responder à pandemia e às suas consequências faz-se com serviços públicos, e garantia de bens essenciais. Com direitos laborais e justiça social. Queremos vida digna para todos e todas. Com capacidade de mobilidade através de transportes públicos, com acesso a espaços públicos que potenciem o convívio em família e a prática do desporto. Rendimentos dignos e não baixos salários. Direitos laborais, ao invés da precariedade”.

E atacou o executivo do PSD em questões ambientais. “O corte de sobreiros para a construção de um supermercado é a metáfora perfeita para a atuação do executivo do PSD em questões ambientais. Autorizar o corte sucessivos de árvores enquanto se alega, em plena Assembleia Municipal, que a limpeza das cantoneiras não é realizada para possibilitar a polinização das abelhas, é um insulto à inteligência dos munícipes”, explica.

Por outro lado, a existência de lixeiras a céu aberto espalhadas por várias freguesias do concelho “é a imagem do laxismo do atual executivo em relação à gestão do meio ambiente”. Por isso, a candidata considera necessário um plano para a valorização e proteção do património arbóreo, promovendo ciclovias e mobilidade suave, com sistemas de partilha de bicicletas e transportes públicos elétricos.

“Faremos do município um verdadeiro espaço público, e não uma oportunidade de negócio para uma qualquer empresa de estacionamento que já lesou o município em dezenas de milhares de euros”, concluiu.

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