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Mobilização em França foi a maior dos últimos anos

Sindicatos estimam que 2,7 milhões participaram das 190 manifestações. Greve teve grande impacto nos transportes. Sindicatos podem decidir nova mobilização ainda em Setembro.
Manifestação em Paris mobilizou 270 mil, segundo os sindicatos. Foto da Phototèque des mouvements sociaux

Os sindicatos franceses estimam ter realizado nesta terça-feira “a mais importante manifestação dos últimos anos”, superior à greve anterior de 24 de Junho, mas também maior que as mobilizações de 1995, contra o plano Juppé para reformar a Segurança Social, e de 2003 contra a alteração da idade da reforma.

Mobilizaram-se agora 2,7 milhões de pessoas contra o aumento da idade da reforma de 60 para 62 anos, segundo os sindicatos, em 190 manifestações em todo o país. Segundo a polícia, foram 1,1milhão os que saíram à rua. Em Paris, a manif teve 270 mil pessoas.

"O governo não pode minimizar uma mobilização nacional deste porte e deverá reflectir sobre a questão", afirmou Bernard Thibault, secretário-geral da CGT. Mas o ministro do Trabalho, Eric Woert, disse "não estar surpreendido com a dimensão dos protestos", e que "reformar-se aos 62 anos é algo normal porque hoje as pessoas vivem mais tempo".

Além do impacto das manifestações, a greve teve grande repercussão nos transportes, com importantes perturbações nos tráfego ferroviário, urbano e aéreo em inúmeras cidades: circulavam apenas dois em cada cinco comboios TGV e pela manhã os comboios Eurostar que ligam Paris a Londres eram os únicos a operar normalmente. Os principais aeroportos praticamente paralisaram, devido à greve dos controladores aéreos.

Nas escolas, o Ministério da Educação reconheceu uma adesão de professores de 25,8%, contra 10,3% em Junho. Os sindicatos afirmam que fizeram greve 55% a 60%.

Nesta quarta-feira, uma reunião intersindical decide os próximos passos que serão dados, que podem passar por uma nova mobilização ainda em Setembro.

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