Teve lugar este domingo a primeira edição da Marcha do Orgulho LGBTI de Viseu. Com partida do Jardim de Santo António, os manifestantes levaram faixas, cartazes e palavras de ordem pela liberdade no amor e a autodeterminação de género.
Em declarações ao Jornal do Centro, a organização congratulou-se com o sucesso desta primeira edição e agradeceu a solidariedade das associações de Bragança, Vila Real, Coimbra e Porto, que reuniram um autocarro com pessoas que quiseram estar presentes na primeira edição da marcha em Viseu.
“Eu amo quem quiser, tenha o género que tiver” e “queremos educar os nossos filhos com amor” foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes, a par de “nem mais, nem menos, direitos iguais” e “a cura do preconceito é mais educação, amor e cultura”.
Em março de 2005 Viseu foi notícia em todo o país quando associações de defesa dos direitos das pessoas LGBT denunciaram a existência, em Viseu, de um “gangue” organizado de 30 pessoas que atacava sistematicamente aquela comunidade. Dois meses depois, realizou-se na cidade a manifestação “Stop Homofobia”, que foi marcada por agressões verbais aos presentes.
Ao comentar estes episódios do passado, a organização afirmou que “este ano marchamos pelo presente e futuro unindo a vontade de quem é proactivo na defesa de direitos básicos do ser humano, na tentativa de eliminar a violência e a exclusão”.
Treze anos passados, a cidade viu acontecer a sua primeira Marcha do Orgulho, não tendo sido afetada pelos cartazes anónimos que, na última semana, taparam deliberadamente os cartazes de divulgação do evento e que diziam apenas “Viseu a Melhor Cidade para se viver ... (sem vocês)”.