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México atribui autorizações de residência temporárias à caravana de migrantes

São cerca de 3 500 as pessoas que se dirigem aos Estados Unidos da América em fuga da violência vivida na América Central. Com o objetivo de as deter, México atribui autorizações temporárias de residência a quem pedir asilo no sul do país.
México atribui autorizações de residência temporárias a caravana de migrantes

O México atribuiu licenças de permanência temporárias e empregos aos migrantes que requererem asilo no país. Este gesto está a ser visto como uma tentativa de aumentar os esforços para deter o grande grupo de requerentes de asilo que se dirigem para os Estados Unidos da América, em fuga da violência extrema e da pobreza vividas na América Central. 

O elevado número de pessoas na “caravana de migrantes” que se dirige para os Estados Unidos de América enfureceu Washington: a administração de Donald Trump já ameaçou fechar a fronteira com o México e cortar o financiamento aos países da América Central, tudo de forma a evitar que o grupo de migrantes tente chegar ao país. Uma outra medida poderá passar pelo envio de cerca de mil militares para fazer a patrulha da fronteira a sul do país.

De forma a controlar os ânimos estado-unidenses, Enrique Peña Nieto, presidente mexicano, ofereceu emprego e autorização temporária de residência aos migrantes que peçam asilo na região sul do México: só aqueles que o fizerem nos estados de Chiapas e Oaxaca terão direito à autorização temporária.

“Este plano só se aplica aos que cumprirem com a lei mexicana e é um primeiro passo em direção a uma solução permanente para aqueles que obtiverem o estatuto de refugiados no México”, afirmou ao país o presidente que estará em funções até ao final do mês de novembro. Quem não se qualificar para o estatuto de refugiado correrá o risco de ser deportado.

As estimativas sobre a dimensão do grupo de migrantes variam. Alden Rivera, embaixador das Honduras no México, calcula que alcance as 3 500 pessoas - sendo dois terços destes pessoas de nacionalidade hondurenha.

A caravana de migrantes encontra-se de momento a caminho de Chiapas, na fronteira com a Guatemala. Este movimento de milhares de pessoas deu novo fôlego a uma discussão sobre imigração na preparação para as eleições para o Congresso dos Estados Unidos da América, a ter lugar a 6 de novembro. O Partido Republicano, que terá de lutar para manter a maioria neste órgão, tem usado a caravana para fazer campanha contra a imigração ilegal. 

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