António Marinho e Pinto faltou à sessão do Parlamento Europeu em que foram votadas propostas apresentadas pela esquerda unitária (GUE/NGL) de redução do salário dos eurodeputados e das ajudas de custo. Recorde-se que Marinho e Pinto considerou “vergonhosos” os salários que os eurodeputados recebem, mas não prescindiu de os receber, argumentando que é “pobre” e “tem uma filha no estrangeiro”.
Entre os eurodeputados portugueses, as votações foram as seguintes:
Redução do salário:
Favor: Bloco de Esquerda e PCP
Abstenção: Elisa Ferreira (PS) e José Inácio Faria (MPT).
Contra: todos os outros
Redução das ajudas de custo:
Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Ana Gomes (PS) e Maria João Rodrigues (PS).
Abstenção: Elisa Ferreira (PS), Liliana Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT).
Contra: todos os outros
Sobre as despesas gerais (verba para funcionamento dos gabinetes), o GUE adiantou duas propostas:
a) proposta de obrigatoriedade de apresentação dos documentos (e não apenas auditoria aleatória como é atualmente):
Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Ana Gomes (PS) e Maria João Rodrigues (PS).
Abst: Elisa Ferreira (PS), Liliana Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT)
Contra: todos os outros
b) redução dos montantes:
Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Maria João Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT).
Abstenção: Elisa Ferreira (PS)
Contra: todos os outros
As despesas gerais são destinadas apenas à parte material de funcionamento do gabinete. Não são salário, nem podem ser usadas para contratar pessoas. Marinho e Pinto apresenta esta verba como sendo salário, embora considerá-la e dispor dela como tal seja ilegal.
O GUE/NGL apresenta sistematicamente propostas de redução, que também sistematicamente são recusadas. No entender de Marisa Matias, "os eurodeputados que cortam no rendimento das pessoas não aplicaram a si o mesmo critério".