Marinho e Pinto ausente da votação da redução dos salários dos eurodeputados

24 de outubro 2014 - 17:58

Na sessão do Parlamento Europeu em que foram votadas as emendas propostas pela esquerda unitária de redução dos salários dos deputados europeus e das ajudas de custo, o deputado que considerou “vergonhosos” estes salários faltou. Dos deputados portugueses, apenas o Bloco e o PCP votaram a favor.

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Marinho e Pinto denuncia o salário "vergonhoso" mas falta à sessão que votou propostas de redução.

António Marinho e Pinto faltou à sessão do Parlamento Europeu em que foram votadas propostas apresentadas pela esquerda unitária (GUE/NGL) de redução do salário dos eurodeputados e das ajudas de custo. Recorde-se que Marinho e Pinto considerou “vergonhosos” os salários que os eurodeputados recebem, mas não prescindiu de os receber, argumentando que é “pobre” e “tem uma filha no estrangeiro”.

Entre os eurodeputados portugueses, as votações foram as seguintes:

Redução do salário:

Favor: Bloco de Esquerda e PCP

Abstenção: Elisa Ferreira (PS) e José Inácio Faria (MPT).

Contra: todos os outros

Redução das ajudas de custo:

Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Ana Gomes (PS) e Maria João Rodrigues (PS).

Abstenção: Elisa Ferreira (PS), Liliana Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT).

Contra: todos os outros

Sobre as despesas gerais (verba para funcionamento dos gabinetes), o GUE adiantou duas propostas:

a) proposta de obrigatoriedade de apresentação dos documentos (e não apenas auditoria aleatória como é atualmente):

Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Ana Gomes (PS) e Maria João Rodrigues (PS).

Abst: Elisa Ferreira (PS), Liliana Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT)

Contra: todos os outros

b) redução dos montantes:

Favor: Bloco de Esquerda, PCP, Maria João Rodrigues (PS) e José Inácio Faria (MPT).

Abstenção: Elisa Ferreira (PS)

Contra: todos os outros

As despesas gerais são destinadas apenas à parte material de funcionamento do gabinete. Não são salário, nem podem ser usadas para contratar pessoas. Marinho e Pinto apresenta esta verba como sendo salário, embora considerá-la e dispor dela como tal seja ilegal.

O GUE/NGL apresenta sistematicamente propostas de redução, que também sistematicamente são recusadas. No entender de Marisa Matias, "os eurodeputados que cortam no rendimento das pessoas não aplicaram a si o mesmo critério".