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“Maria Luís Albuquerque é tão fiável nas contas como as emissões da Volkswagen”

Catarina Martins afirmou esta terça-feira que “não há ninguém hoje que possa confiar em Maria Luís Albuquerque quando ela diz seja o que for sobre as contas do país”. “São contas marteladas no BPN como têm sido nos últimos quatro anos”, acrescentou a porta-voz do Bloco de Esquerda.
Foto de Paulete Matos.

“A ver se nos entendemos sobre o que aconteceu: A Parvalorem tinha contas fechadas e auditadas e a ministra das Finanças deu instruções para alterarem as contas, para disfarçarem o impacto do buraco do BPN nas contas do défice do país. E as contas foram alteradas, e quem tinha auditado as contas disse logo que as contas assim não estão certas”, avançou Catarina Martins.

A porta voz do Bloco de Esquerda acrescentou que “ficámos a saber que as contas da Parvaloren foram marteladas para disfarçar o impacto do BPN no défice e que Maria Luís Albuquerque é tão fiável nas suas contas como as contagem das emissões de gás da Volkswagen”.

“Não há ninguém hoje que possa confiar em Maria Luís Albuquerque quando ela diz seja o que for sobre as contas do país”, avançou a dirigente bloquista, sublinhando que “são contas marteladas no BPN como têm sido nos últimos quatro anos”.

Catarina Martins referiu-se ainda ao “incómodo de Pedro Passos Coelho” relativamente aos jornalistas, lembrando que “esta é uma democracia”.

“Querem ajudar as empresas? Baixem os custos da energia e o IRS”

Durante uma visita à Bemicar, em Santa Maria da Feira, a porta voz do Bloco de Esquerda saudou o bom exemplo desta empresa de calçado, que “tem uma produção muito especializada, altamente qualificada, que faz sapatos únicos para pessoas com deficiências, com problemas de saúde”.

Catarina Martins lembrou que a Bemicar, cuja produção “se destina quase toda para exportação, porque infelizmente as pessoas com deficiência em Portugal não têm apoio para poderem adquirir o que aqui se faz”, desmente a ideia de que “o futuro da economia é baixar salários”.

Conforme assinalou a dirigente bloquista, esta empresa paga salários dignos, tendo inclusive aumentado as remunerações para lá da inflação e da compensação da sobretaxa.

“Querem ajudar as empresas? Baixem os custos da energia e baixem o IRS”, defendeu Catarina Martins, afirmando que os trabalhadores e os patrões responsáveis sabem que baixar a TSU não é a solução.

A porta voz bloquista lembrou ainda que, em 2012, “um milhão de pessoas saiu à rua dizendo que não aceitava a descida da TSU, desprotegendo as pensões para fazer um desconto aos patrões”.

“Este é o governo recordista da destruição do emprego”

Reagindo aos dados do emprego divulgados esta terça-feira, Catarina Martins acusou o Governo PSD/CDS-PP de ser “recordista da destruição do emprego em Portugal”.

“É a marca da austeridade, que significa destruição do emprego e da economia. O Governo vai sair de funções deixando o país com um PIB mais pequeno, uma dívida maior, um défice igual e com menos emprego ainda do que aquele que já existia. É a marca do falhanço”, rematou.

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