Está aqui

Mar do Norte: trabalhadores ameaçam paralisar plataformas petrolíferas

Com as empresas petrolíferas a anunciarem lucros astronómicos e a negarem aos seus trabalhadores melhores salários emais direitos, estes decidiram avançar para greves até ao início de junho.
Plataforma petrolífera no Mar do Norte. Foto chumlee10/FDlickr

O jornal britânico The Guardian noticiou que estão planeadas para esta primavera uma série de ações de protesto pelos trabalhadores das grandes petrolíferas no Mar do Norte.

Cerca de 1.400 trabalhadores de cinco empresas a operar nas maiores plataformas de petróleo e gás no Mar do Norte votaram a favor de avançar para a greve entre março e início de junho, causando potencialmente o fecho das plataformas nessa região. A greve inclui técnicos eléctricos, de produção e mecânicos, tripulação de convés, instaladores de tubagens e operadores de gruas.

A ação está a ser coordenada pelo sindicato Unite, envolvendo trabalhadores das contratantes Bilfinger UK, Stork, Petrofac, Wood e Sparrows Group. Estas por sua vez trabalham para as grandes operadoras de gás e petróleo, incluindo BP, EnQuest, Harbour Energy, Shell e Total.

A análise da Global Witness mostrou que os proprietários das plataformas fizeram um lucro combinado de 146 mil milhões de libras esterlinas em 2022. É exatamente este registo de lucros astronómicos que levou à exigência de melhores condições laborais.

A secretária-geral da Unite, Sharon Graham, afirmou: "Às companhias petrolíferas e de gás foi dada rédea solta para desfrutar de enormes lucros inesperados no Mar do Norte; as concessões de perfuração são na prática licenças para imprimir dinheiro".

Também o diretor da Greenpeace UK para o clima, Mel Evans, se mostrou solidário com a greve dos trabalhadores do setor. "A ganância é quase palpável (...) Não é de admirar que eles estejam a tomar medidas laborais para exigir um imposto sobre estes lucros obscenos, e nós somos solidários com eles", afirmou.

Termos relacionados Internacional
(...)