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Manifestação nacional da CGTP por salários dignos e contra o empobrecimento

Além desta ação, há greves do setor da enfermagem em Lisboa e Vale do Tejo e também em diversas empresas. A manifestação nacional decorre em Lisboa, a partir das 15h, partindo do Marquês de Pombal para a Assembleia da República.
Enfermeiros e enfermeiras fazem greve na ARS de Lisboa - Foto do SEP
Enfermeiros e enfermeiras fazem greve na ARS de Lisboa - Foto do SEP

A manifestação nacional convocada pela CGTP começa às 15h no Marquês de Pombal em Lisboa e desloca-se para a Assembleia da República, onde intervirá Isabel Camarinha. Esta iniciativa integra-se num mês de luta.

À Lusa, Ana Pires da comissão executiva da confederação sindical declarou: "Hoje é o momento da convergência das lutas e reivindicações das últimas semanas, é o momento de dar voz aos trabalhadores, que vêm de todo o país e vão certamente continuar a lutar por melhores condições de vida e de trabalho".

"Quando lançámos esta ação de luta nacional, no dia 27 de maio, apelámos à intensificação da luta reivindicativa porque consideramos que, para o momento extremamente difícil que estamos a viver, eram necessárias formas de luta extremamente significativas", afirmou a dirigente sindical, lembrando as dificuldades que se têm vindo a agravar para as pessoas mais desfavorecidas, devido aos baixos rendimentos e ao elevado custo de vida.

"Ao longo do mês de junho e início de julho, tivemos milhares de ações de luta, desde greves, concentrações e plenários, nos locais de trabalho e na rua, de todas as regiões, de todos os setores, com os trabalhadores a afirmarem as suas reivindicações concretas", acrescentou Ana Pires.

Na manifestação serão levantadas as reivindicações de aumento geral de salários e das pensões, assim como a redução do horário de trabalho, o fim da precariedade, o emprego com direitos e uma legislação laboral que contribua para a valorização do trabalho e dos trabalhadores.

Greve da enfermagem na ARS de Lisboa e concentração

Enfermeiros e enfermeiras da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo estão em greve nesta quinta-feira e vão concentrar-se a partir das 11h, em frente à ARS.

O sindicato dos enfermeiros portugueses (SEP), que convoca a greve e a concentração, afirma que a situação dos enfermeiros é “intolerável”, denunciando que “a Administração Regional de Saúde tem autonomia para gastar milhões em subcontratações, mas afirmam não a ter para, designadamente, progredir os enfermeiros”.

Nestes protestos, enfermeiros e enfermeiras reivindicam “a contagem de pontos a todos os enfermeiros e a consequente mudança de posição remuneratória”; a “transição para a categoria de enfermeiro especialista das enfermeiras que intoleravelmente não transitaram por exercício dos direitos de parentalidade e de todos os detentores do título de Enfermeiro Especialista até 31 de maio de 2019”; “vinculação de todos os enfermeiros que atualmente se encontram em “situação precária” e admissão de mais profissionais.

Greves na Sofarimex e na Faurecia

Os trabalhadores da Sofarimex, fábrica de medicamentos da empresa do Grupo Azevedos, com instalações no Alto de Colaride (no concelho de Sintra) fazem greve de 24 horas e juntar-se-ão à manifestação em Lisboa. Reivindicam aumento real dos salários, correcção das diferenças salariais entre as diversas categorias profissionais e negociação efectiva e séria.

Também há greve dos trabalhadores da Faurécia – Sistemas de Escape Portugal, situada em Bragança. Estes realizam uma concentração, em frente às instalações da empresa, na Estrada do Aeroporto. Lutam pelo direito à greve, por melhores salários e condições de trabalho.

Protestos no setor do comércio e serviços

O CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços da CGTP) convocou também greve para esta quinta-feira, reivindicando aumento de salários. Vão existir piquetes de greve em: Rádio Popular de Loures (E.N. 250, Loja 72 Quinta do Casal da Pipa), a partir das 11h30; Worten do Amoreiras Plaza; Zara (Grupo ITX) da Rua Augusta, a partir das 10h.

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