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Madeira: Bloco denuncia "preços incomportáveis" da habitação

O Bloco de Esquerda da Madeira espalhou esta terça-feira pelas ruas do Funchal trinta quadrados de lona de um metro quadrado como forma de denunciar os aumentos de preços da habitação. Neles se podia ler que “comprar casa no Funchal custa 2.979 euros por metro quadrado” e “casas para morar e não para especular”.
Roberto Almada, o cabeça de lista do partido às eleições deste domingo, explicou que se tratava de “voltar a chamar a atenção para os preços incomportáveis da habitação na Madeira”, caracterizando o que se passa como “um abuso”, “incomportável para a esmagadora maioria das famílias da Região Autónoma da Madeira”.
De acordo com o candidato, este valor “só pode ser suportado por quem, vindo de fora, tendo muito dinheiro, sendo milionário, pode comprar casa a este preço na Madeira”. Roberto Almada sublinha “o costume de receber muito bem as pessoas” por parte da população desta Região Autónoma, mas pensa que “as habitações na Madeira devem estar à disposição e ao alcance de qualquer madeirense e portossantense”.
Para baixar preços, avançou com propostas como “acabar com os vistos ‘gold’, limitar o alojamento local e ter uma política de tetos nos preços da habitação na Madeira”.
Roberto Almada, Dina Letra, Catarina Martins e outros candidatos do Bloco de Esquerda da Madeira nas ruas do Funchal. Foto de Candidatura do Bloco de Esquerda nas ruas da Madeira. Foto de HOMEM DE GOUVEIA/LUSA.
Catarina Martins: “é preciso quem tenha propostas com a coragem de mudar o estado de coisas na Madeira”
Quem também esteve presente na ação de campanha foi Catarina Martins, que vincou a “absoluta necessidade do Bloco de Esquerda estar no parlamento regional”. Isto porque “é preciso” neste órgão “quem tenha propostas com a coragem de mudar o estado de coisas na Madeira, que respeitem quem aqui trabalha, que acabem com este abuso de um metro quadrado custar quase 3.000 euros”. Uma “oposição como deve ser” que seja “corajosa, com força para defender quem vive e trabalha”.
A dirigente bloquista criticou tanto a “arrogância de Miguel Albuquerque, que fala sempre com tanto desprezo do povo que trabalha”, afirmando que “isso tem de acabar”, quanto o PS que “teve uma oposição com tantos deputados e não fez nada” e o resto da direita que “tudo o que quer é um lugarzinho à mesa de Miguel Albuquerque”.
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