O Bloco/Madeira dedicou a manhã de campanha eleitoral para as eleições de 24 de setembro ao contacto com os estudantes universitários na Região. Em declarações à agência Lusa, Roberto Almada defendeu que o Governo Regional deve aumentar o montante e a abrangência das bolsas de estudo.
“A bolsa do Governo Regional existe, mas é uma bolsa que é muito restrita, naturalmente, a pessoas que têm mais dificuldade”, afirmou o cabeça de lista do Bloco às eleições regionais. E acrescentou que hoje em dia, “não são só os mais pobres que têm necessidade de apoio. A classe média, os filhos da dita classe média têm necessidade de apoio e hoje em dia as pessoas da classe média veem-se e desejam-se para a pagar a casa, para pagar os estudos dos filhos, para pagar a alimentação e muitas vezes [o dinheiro] não chega”.
Além do reforço do apoio social aos estudantes, outra das preocupações do Bloco/Madeira são as condições dadas aos professores daquela universidade, o que justifica a exigência do reforço de verbas por parte do Estado central. Roberto Almada assumiu o compromisso de levar o tema a debate no Parlamento regional, caso o Bloco atinja o seu objetivo de recuperar a representação na Assembleia Legislativa Regional nesta eleição.
Apesar de o Governo Regional não ter a tutela da Universidade da Madeira, Roberto Almada diz que o executivo “não pode pura e simplesmente lavar as mãos e tem que, à medida que faz pressão junto do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, ter um papel ativo no que diz respeito ao apoio à Universidade da Madeira”.
Lembrando que foi graças ao Bloco que as propinas viram o seu valor reduzido de 1.070 euros para 697 euros, o candidato bloquista diz que "isso não basta. É preciso que as propinas deixem de existir, porque nós defendemos a educação gratuita e acessível a todos, desde o pré-escolar até ao ensino superior. Essa é uma das nossas propostas também desde sempre e continuaremos a pugnar por ela”, prometeu.
“Nós não achamos - como outros partidos acham, nomeadamente a Iniciativa Liberal - que devem ser os alunos e as famílias dos alunos a pedir empréstimos para pagar a licenciatura e pagar o curso para depois ficarem endividados”, concluiu Roberto Almada.