Lisboa: Câmara Municipal vai financiar “Núcleo de Apoio Local” para sem-abrigo em Arroios

16 de junho 2020 - 12:16

Proposta do vereador bloquista Manuel Grilo será apresentada na reunião camarária de 18 de junho. Esta resposta situa-se a poucos metros do prédio onde foram recentemente desalojadas as pessoas acolhidas pela Seara – Centro de Apoio Mútuo de Santa Bárbara.

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Fotografia de Ana Feijão

O gabinete do vereador Manuel Grilo divulgou esta segunda-feira um documento com o ponto de situação na resposta à crise social no quadro da pandemia. Nas últimas semanas, o pelouro dos Direitos Sociais, em articulação com os restantes pelouros, com a Rede Social e com as Juntas de Freguesia, ativou uma resposta social inédita em várias áreas: Idosos, IPSS, Saúde, Pessoas em Situação de Sem Abrigo, Rede Solidária, Alimentação, Violência Doméstica, Pobreza e Desemprego, Refugiados, Programa de combate às desigualdades das crianças.

Na nota sobre “factos e números da atuação da Câmara Municipal de Lisboa na resposta à crise social no quadro da pandemia” o gabinete do vereador anuncia ainda que está agendada para a reunião de Câmara do próximo dia 18 de junho, a “abertura de procedimento concursal para atribuição de apoio financeiro municipal destinado à execução do projeto Núcleo de Apoio Local de Arroios para pessoas em situação de sem-abrigo”. 

Esta infraestrutura está localizada na mesma freguesia e a poucos metros de onde foram recentemente desalojadas as pessoas acolhidas pela Seara – Centro de Apoio Mútuo de Santa Bárbara.

Em declarações ao esquerda.net, o vereador do Bloco na cidade de Lisboa explica que “este equipamento dará uma resposta essencial para quem mora na rua naquela zona da cidade, sendo já perceptível o aumento de casos desde o início da pandemia”. 

Neste núcleo de apoio local “será possível as pessoas terem acesso a uma refeição quente para comer coletivamente e sentado à mesa, o que não acontece com as respostas de rua”.

O vereador Manuel Grilo afirma ainda que esta resposta é diferente das habituais, visto que “permitirá não só garantir dignidade na alimentação, como no local será garantido um elo de ligação com profissionais e voluntários. Com estes, poderão ter acesso a soluções de acolhimento, alojamento e de procura de emprego para lhes permitir a recuperação da sua autonomia”.