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Laboratórios em França e na Suécia confirmam envenenamento de Navalny

O governo alemão anunciou que agente neurotóxico Novichok foi confirmado nos exames médicos realizados a Alexei Navalny, membro da oposição da Vladimir Putin.
 Foto de Michał Siergiejevicz/Flickr
Foto de Michał Siergiejevicz/Flickr

A 12 de agosto, os ministros dos negócios estrangeiros da Alemanha e da Rússia rejeitavam as ameaças de sanções contra o gasoduto Nord Stream, numa posição conjunta tomada em Moscovo.

Uma semana depois, a 20 de agosto de agosto, Alexei Navalny aterra de emergência, sendo internado e colocado em coma induzido devido a suspeitas de envenenamento, o que levou Angela Merkel a ameaçar com a suspensão do gasoduto no início de setembro.

Agora, segundo a Agência Lusa, o governo alemão volta a subir a pressão pública sobre Vladimir Putin, com Steffen Seibert, porta-voz do Governo alemão a apelar “à Rússia para que forneça os esclarecimentos sobre o que se passou". 

No comunicado, Seibert insiste que “este envenamento” constitui uma "grave violação" da Convenção sobre Armas Químicas. 

Alexei Navalny foi hospitalizado de urgência em Omsk, na Sibéria, antes de ser enviado para Berlim, onde permanece em tratamento. Para as autoridades alemãs, o opositor de Putin foi inequivocamente envenado por um agente neurotóxico do tipo Novichok, a mesma substância utilizada contra Serguei Skripal e a sua filha Iulia, em 2018, no Reino Unido.

O Kremlin recusa qualquer responsabilidade, bem como as acusações de crime lançadas por vários países, afirmando inclusive que não possui reservas de Novichok.

"As reservas foram destruídas de acordo com o protocolo e regulamentos da Organização para a Interdição das Armas Químicas", disse Narychkine, citado pelas agências russas, acrescentando que as acusações fazem parte de uma campanha de "desinformação".

Entretanto, Navalny publicou hoje uma fotografia sua na rede social Instagram, afirmando que já consegue respirar sozinho.

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