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Israel destrói edifício da Associated Press e da AlJazeera em Gaza

Uma hora antes, o exército israelita avisou o dono do edifício que ia fazer o ataque e ordenou-lhe que garantisse a evacuação prévia do prédio. Umas horas antes, o exército israelita bombardeou um campo de refugiados, matando dez pessoas de uma família palestiniana, a maioria crianças.
Colapso do edifício da AP e da Al Jazeera em Gaza, por ataque de Israel, 15 de maio – Foto de Mohammed Saber/Epa/Lusa
Colapso do edifício da AP e da Al Jazeera em Gaza, por ataque de Israel, 15 de maio – Foto de Mohammed Saber/Epa/Lusa

O proprietário da torre onde se situavam os escritórios da AP e da Al Jazeera, disse que recebeu um telefonema do exército de Israel informando que o edifício ia ser atacado e que ele devia garantir que todos os residentes eram evacuados.

Segundo a AP, o ataque aconteceu cerca de uma hora depois do aviso dado ao proprietário. Israel não deu qualquer explicação para o ataque ao prédio, onde se situavam a Associated Press, a Al-Jazeera, assim como escritórios e apartamentos.

Horas antes deste ataque o exército israelita bombardeou um campo de refugiados na cidade de Gaza, matando pelo menos dez pessoas palestinianas de uma mesma família. A maioria das pessoas mortas eram criaanças, segundo refere a AP. O ataque a este campo de refugiados foi o mais mortífero desde o início dos atuais bombardeamentos de Israel contra Gaza.

Segundo a Lusa, desde o início da atual escalada de violência, Israel matou em Gaza 140 palestinianos, entre os quais 40 crianças e 22 mulheres.

Esta sexta-feira, forças israelitas também mataram 11 pessoas na Cisjordânia. As milícias palestinianas lançaram já 2.300 rockets, segundo o exército israelita, tendo 380 caído na faixa de Gaza e cerca de mil foram intercetados pelo sistema antimísseis de Israel.

O diplomata dos EUA Hady Amr chegou esta sexta-feira a Israel para tentar negociar e o Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá reunir este domingo. Israel rejeitou, entretanto, uma proposta egípcia de uma trégua de um ano, que o Hamas aceitara.

No podcast “Lado a Lado”, Marisa Matias salientou que “o fundamental seria que os governos quebrassem o silêncio e percebessem que nada naquela região do mundo se vai resolver enquanto não se garantir a autodeterminação do povo palestiniano e o reconhecimento do estado palestiniano”.

O Bloco de Esquerda entregou na passada quinta-feira no Parlamento um projeto de lei para proibir a “importação ou venda de bens, serviços e recursos naturais originários de colonatos ilegais em territórios considerados ocupados pelo Direito Internacional”. Projeto Lei Territórios Ocupados (In English: Bill Occupied Territories)

Na próxima segunda-feira, 17 de maio, vão realizar-se em Lisboa e no Porto, ao final da tarde, concentrações de apoio ao Povo da Palestina.

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