Os trabalhadores dos transportes cumprem esta sexta-feira o quarto dia de greve no sector. Depois dos trabalhadores do Metro de Lisboa, da Transtejo, Carris e transportes colectivos do Porto e dos trabalhadores do sector ferroviário (CP, CP Carga, Refer e EMEF), esta sexta-feira são os trabalhadores da Soflusa, que assegura as travessias de barco entre Lisboa e o Barreiro, a expressar o seu descontentamento face aos cortes salariais.
Segundo o representante do Sindicato dos Transportes e Comunicações, José Augusto, "A adesão é total dos trabalhadores, todos os navios estão parados e a paragem da actividade é de 100 por cento".
Depois de registada uma adesão à greve de 100% no período da manhã, que implicou que a circulação só fosse restabelecida pelas 9 horas e 40 minutos, a travessia entre Lisboa e Barreiro, nos dois sentidos, não será assegurada novamente entre as 15.30 e as 20 horas.
As empresas privadas de transporte de passageiros também aderiram à paralisação e contestam o congelamento dos salários e o bloqueio da contratação colectiva.
Os funcionários dos CTT’s também assinalam, esta sexta-feira, o segundo dia de greve «contra a diminuição e congelamento de salários, o aumento dos descontos, aumento de impostos e diminuição do poder de compra, a diminuição dos postos de trabalho e o encerramento de estações», de acordo com o comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT).
O funcionamento dos CTT estará condicionado durante três horas e meia, nos serviços de tratamento, transportes postais, atendimento, serviços centrais e distribuição.