Os observadores meteorológicos e geofísicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera avançaram com uma greve para o próximo dia 15 de agosto.
Em causa, está a luta pela integração de todos os trabalhadores na carreira técnica superior, a consolidação da mobilidade intercarreiras, a abertura imediata de procedimentos concursais e o reforço do serviço público de meteorologia.
A jornada de luta foi marcada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais que considera a situação destes trabalhadores como “grave”, esclarecendo “que se arrasta desde 2008 quando as carreiras de observador meteorológico/geofísico foram consideradas como subsistentes (a extinguir quando vagar)”.
Isto significa que, a partir de então, parou-se a contratação de trabalhadores para essas carreiras apesar de se manter “a necessidade de assegurar as funções desempenhadas”. Assim, a solução encontrada pelo instituto público para continuar a assegurar a sua missão foi contratar trabalhadores para as carreiras gerais (técnica superior, assistente técnica e assistente operacional) e dar-lhes a formação específica adequada.
O resultado, diz a FNSTFPS foi “uma situação de grande desigualdade entre trabalhadores que exercem as mesmas funções mas que estão em carreiras distintas, com salários e perspetivas de progressão na carreira muito diferentes, apesar de estarem todos os dias lado a lado a fazer a mesma coisa, com as mesmas responsabilidades e a mesma exigência de conhecimentos técnicos específicos”.
O sindicato recorda que “desde sempre se opôs” a esta extinção das carreiras específicas e que tem alertado para “as consequências negativas para o serviço público de observação meteorológica e geofísica”. Para este “não faz qualquer sentido o IPMA ter trabalhadores de quatro carreiras distintas a exercerem exatamente as mesmas funções”, lutando pela integração de todos os trabalhadores com funções de observador meteorológico/geofísico na carreira técnica superior.