Os trabalhadores da fábrica da Faurecia em Bragança, integrada no grupo francês Forvia, cumprem esta quinta-feira mais um dia de greve. O motivo é o mesmo que levou à paralisação de 22 de julho: a administração continua a ignorar as reivindicações que os mais de 500 trabalhadores aprovaram em plenários realizados em novembro do ano passado.
Com o caderno reivindicativo então aprovado, a comissão sindical e a direção do SITE-Norte reuniram com a administração, mas dizem ter encontrado “uma nova administração que despreza as reivindicações dos trabalhadores, que recusa aumentos salariais dignos e a melhoria dos subsídios de transporte, alimentação, limpeza e manutenção de farda, ignora as diuturnidades e tenta atropelar o direito a férias”.
Este verão houve novo plenário a 15 de julho e a marcação de greves para esse mês, caso não houvesse entretanto acordo, para este dia 21 de agosto. Segundo o SITE-Norte, a administração “não apresentou qualquer proposta para evitar a greve” e “demonstrou indiferença perante o descontentamento generalizado”.
Além disso, “finge não ver que, nos últimos três anos, a empresa somou lucros de 14 milhões (2022), 17 milhões (2023) e 18 milhões (2024)”, prossegue o sindicato, concluindo que “se os lucros sobem, os salários também têm de subir”.