A CGTP anunciou o dia 24 de Novembro, uma quinta-feira, para a realização da greve geral contra as medidas de austeridade impostas pelo governo. A data escolhida marca a greve para exactamente um ano depois da anterior paralisação nacional.
A UGT deverá confirmar esta data numa conferência de imprensa com o secretário-geral, João Proença, ao início da tarde.
O Conselho Nacional da CGTP discutiu a questão nesta terça-feira e chegou facilmente a consenso.
As duas centrais sindicais realizaram pela primeira vez uma greve geral em conjunto em 24 de Novembro do ano passado.
Recorde-se que o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, disse que as medidas anunciadas no Orçamento de Estado de 2012 apenas agravam a crise, havendo "violações imensas de direitos fundamentais, violações de direitos da contratação colectiva, violações da própria Constituição da República".
Já João Proença, secretário-geral da UGT, sublinhou que "todos os dias são exigidos sacrifícios aos mesmos", apontando os sinais de "agravamento da pobreza, um brutal aumento do desemprego e um agravamento das desigualdades. Há, assim quem esteja a empobrecer muito, há quem esteja a perder poder de compra e há quem esteja a ganhar com a crise".
Bloco vai envolver-se activamente na greve geral
O Bloco de Esquerda anunciou nesta terça-feira o envolvimento activo na greve geral convocada pela UGT e pela CGTP. Além disso, o partido vai realizar comícios de rua.
"Apelaremos às pessoas, à sua indignação e à luta contra estas medidas que são recessivas", afirmou Mariana Aiveca em conferência de imprensa.
O Bloco vai ainda convocar reuniões de activistas sindicais em todos os distritos e já tem igualmente um encontro agendado para dia 24 com a direcção da CGTP.
Mariana Aiveca recordou também que no dia 26 o Bloco agendou uma interpelação ao governo sobre políticas de desemprego.
"Queremos ouvir o desaparecido ministro da Economia e do Emprego que sobre emprego pouco tem dito e sobre as alterações laborais o que temos conhecido são as declarações para a imprensa", explicou a dirigente bloquista.
O Bloco apelou à participação na greve geral de “todos os portugueses e portuguesas, desempregados, precários, pensionistas, àqueles e àquelas que vão sofrer na pele a brutal ofensiva do roubo dos salários”.