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Centrais sindicais avançam para a greve geral

As duas centrais sindicais decidiram hoje convocar uma greve geral contra as medidas de austeridade inscritas pelo Governo no Orçamento de Estado para 2012. Numa declaração conjunta, CGTP e UGT anunciaram que greve será “para muito breve” e que a sua data será anunciada nos próximos dias.
Centrais sindicais avançam para a greve geral. Foto de Paulete Matos

 

CGTP e UGT chegaram a acordo para a realização de uma greve geral. No fim de uma reunião que juntou Carvalho da Silva e João Proença, foi anunciado que a proposta para a calendarização da mesma será agora apresentada aos órgãos directivos das centrais sindicais, que reúnem esta semana, e só depois será conhecido o dia em que terá lugar.

Um ano depois da última greve geral, que teve lugar a 24 de Novembro do ano passado, CGTP e UGT voltam a juntar-se para contestar o novo Orçamento de Estado. A data da greve, de resto, deverá coincidir com a discussão do documento que marcará a economia nacional para o próximo ano.

"Todos os dias são exigidos sacrifícios aos mesmos: trabalhadores e pensionistas. Os sacrifícios estão a agravar claramente as desigualdades em Portugal. Há quem esteja a empobrecer muito, há quem esteja a perder poder de compra e há quem esteja a ganhar com a crise. E isto é inaceitável”, resumiu João Proença, da UGT.

"Estamos perante medidas que para além de uma enorme injustiça, comprometem o desenvolvimento do nosso País. Apenas agravam a crise, provocam mais recessão económica e mais desemprego", declarou Carvalho da Silva, da CGTP.

"Há [nestas medidas] violações imensas de direitos fundamentais, violações de direitos de contratação colectiva, violações da Constituição, e algumas constituem uma operação de transferência rápida e dura de mais-valias que pertenciam aos trabalhadores e que são passadas para o lado do capital", concluiu Carvalho da Silva.

“É uma excelente notícia a realização de uma greve geral. É fundamental os sindicatos terem uma voz activa e capacidade de luta”, afirmou Ana Drago,  depois de uma reunião com a Fenprof.

“Não é possível ser sempre o trabalhador a pagar, não é possível seguir no caminho dos cortes sobre cortes e mais cortes”, defendeu, ressalvando a importância dos trabalhadores “irem para a rua dizer não a este rumo e ao rumo suicidário desta política”. 

Termos relacionados Greve geral 2011, Política
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