Num plenário realizado esta terça-feira, os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) decidiram fazer seis dias de greve. Estes irão ocorrer entre 22 e 27 de junho.
À Lusa, João Soares, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, explicou que a tomada de posição se justifica pela “falta de respostas quer do Governo quer da Câmara” de Coimbra face ao caderno reivindicativo onde constam exigências como a reposição das carreiras e a melhoria de vencimentos.
Numa reunião anterior, em fevereiro, a greve agora confirmada já tinha sido agendada. O responsável sindical explica que o STAL tinha pedido “uma reunião no dia 12 com carácter de urgência” e, antes, “o Governo já cancelou duas reuniões. Numa disse que ainda não era Governo e não tinha tomado posse e na outra porque não havia luz [uma das reuniões estava marcada para o dia seguinte ao apagão]. Ora, agora já temos Governo e já temos luz, não temos é reuniões marcadas”.
Esclarece ainda: “não tivemos nenhuma resposta” por parte do Governo. Já do lado da Câmara Municipal de Coimbra não houve também qualquer informação ou comunicação.
Esta será a quarta greve este ano, o que se traduz em 16 dias de greve desde o início do ano. Os dirigentes sindicais lamentam “as enormes perdas” de salário mas igualmente os transtornos causados aos utentes “com estas greves que não são boas para ninguém”. Garantem que só pretendem resolver a sua situação, estão abertos ao diálogo e esperam que se marquem as reuniões nesse sentido.
Destaque ainda para a falta de motoristas nesta empresa. Há concursos abertos em permanência para preencher 44 vagas mas a falta de atratividade da carreira leva a que não sejam preenchidas.