Sintra

Greve de trabalhadores não docentes fechou seis escolas

11 de dezembro 2024 - 15:51

Em frente a Escola Básica do Linhó, os trabalhadores descreveram um cenário de falta de pessoal, em escolas com muitas crianças com necessidades educativas especiais que não estão a ser acompanhadas devidamente.

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Escola Básica do Linhó.
Escola Básica do Linhó. Foto do Agrupamento de Escolas Monte da Lua.

Seis escolas do Agrupamento “Monte da Lua”, em Sintra, fecharam esta terça-feira devido a uma greve dos trabalhadores não docentes. Estes concentraram-se em frente a Escola Básica do Linhó, junto com pais e professores solidários com as razões do protesto.

Os trabalhadores presentes traçaram um cenário de falta de pessoal, com trabalhadores obrigados a desempenhar funções para as quais não têm formação e com crianças com necessidades educativas especiais a não serem acompanhadas devidamente.

A jornada de luta foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas que, em comunicado, destacou que a Escola Básica do Linhó “é apenas um exemplo do que se passa em Sintra”. Nela, em todas as seis salas de 1.º Ciclo há pelo menos uma criança com necessidades educativas especiais que não está a ter o acompanhamento individualizado que era suposto. Para este nível de ensino, informa o sindicato, há apenas três assistentes operacionais a cuidar de 96 crianças, o que faz com que algumas acabem “por ser inevitavelmente negligenciadas” por ser impossível acompanhá-las todas.

Também no Jardim de Infância há um total de 55 crianças divididas por quatro salas e cada uma destes tem “pelo menos duas crianças com necessidades educativas especiais e uma delas com dificuldades motoras”. Para além disto, há também uma sala especializada para crianças com necessidades educativas especiais, com capacidade para oito crianças.

A quantidade de crianças a necessitar de mais acompanhamento faz o sindicato concluir que o acompanhamento de que necessitam “só é possível com mais Trabalhadores Assistentes Operacionais com funções de Auxiliar de Ação Educativa, mas também de outros Técnicos Especializados para que a Escola seja verdadeiramente de qualidade e inclusiva”.

Os trabalhadores não docentes destas escolas sentem-se “exaustos, pois muitas destas crianças têm comportamentos que obrigam a um constante acompanhamento e vigilância”.

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