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Greta Thunberg vence prémio Gulbenkian para a Humanidade

A jovem ativista sueca foi a vencedora da primeira edição deste prémio, no valor de um milhão de euros. O dinheiro será aplicado “o mais rapidamente possível” no combate às alterações climáticas.
Semana n.º 100 da Greve Climática. Foto de Greta Thunberg / Twitter

A ativista Greta Thunberg, que começou em 2018 a faltar às aulas para ir para junto do parlamento sueco exigir aos decisores políticos ações concretas para combater as alterações climáticas, é a vencedora da primeira edição do prémio Gulbenkian para a Humanidade. O prémio, no valor de um milhão de euros, será aplicado no combate às alterações climáticas.

A jovem activista divulgou um vídeo na rede social Twitter onde diz estar extremamente honrada por receber este prémio e anunciou que a fundação com o seu nome irá doar, o mais rapidamente possível, todo o dinheiro para “organizações e projetos que estão a lutar por um mundo sustentável, em defesa da natureza, e a apoiar populações que estão a lidar com os piores impactos das alterações climáticas, em particular aquelas que residem na região sul do globo.

O primeiro apoio, de 100 mil euros, será para a campanha SOS Amazonia, liderada pelos organizadores da “Fridays For Future Brazil”, que se dedica a ajudar as populações da Amazónia a enfrentar a pandemia do novo coronavírus. A mesma quantia será atribuída à Stop Ecocide Foundation, organização que pretende criar a figura criminal de “ecocídio” no caso de atentados em massa contra o meio ambiente e a natureza.

O presidente do júri, o ex-presidente da República Jorge Sampaio, disse, numa mensagem áudio, que a adolescente sueca “conseguiu mobilizar as gerações mais novas para a causa do clima”. Outro dos membros do júri, o cientista Miguel Bastos Araújo, disse à Lusa que o nome de Greta Thunberg foi “nomeado de forma independente por três entidades independentes e passou entre 136 candidatos” e que “nunca na história humana “uma pessoa com 16 anos conseguiu mobilizar tantas pessoas”.

O prémio será entregue pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à jovem ativista, que agora terá encontrar um momento para se deslocar a Portugal, conjugando as restrições de mobilidade face à pandemia e as suas férias escolares, o que poderá acontecer entre novembro e janeiro do próximo ano.

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