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Governo chinês ameaça com intervenção do exército em Hong-Kong

Um porta-voz do ministério da Defesa da China ameaçou com intervenção do exército chinês em Hong-Kong, se o governo local pedir, para enfrentar os protestos e “manter a ordem pública”.
Porta-voz do ministério da Defesa do governo da China declarou que, se o governo de Hong-Kong pedir, as forças do exército chinês lá estacionadas poderão intervir
Porta-voz do ministério da Defesa do governo da China declarou que, se o governo de Hong-Kong pedir, as forças do exército chinês lá estacionadas poderão intervir

Wu Qian, porta-voz do ministério da Defesa da China, declarou que “o comportamento de alguns manifestantes radicais (…) é absolutamente intolerável” e acrescentou “estamos a acompanhar de perto os acontecimentos em Hong Kong e, em particular, o violento ataque de radicais à delegação do Governo, em 21 de julho”.

Os protestos em Hong-Kong duram há sete semanas, primeiro em protesto contra a lei de extradição que o governo local queria impor e, perante o recuo do executivo de Carrie Lam, as manifestações têm exigido inquérito independente às ações repressivas da polícia de Hong-Kong e a demissão do governo.

No passado domingo, manifestaram-se cerca de meio milhão de pessoas exigindo a demissão do governo de Carrie Lam. Durante estes protestos, houve ações violentas de elementos das mafias contra pessoas que participavam nas ações. Um grupo de manifestantes cercou a sede do Gabinete de Ligação do Governo central da China em Hong-Kong, grafitou e lançou ovos contra o edifício, manchando o emblema nacional da China com tinta preta. O emblema foi substituído por um novo em poucas horas, segundo refere a Lusa.

Wu Qian considerou este episódio “intolerável” e uma violação ao princípio de "um país, dois sistemas".

O porta-voz do ministério da Defesa sublinhou que, se o governo de Hong-Kong pedir, as forças do exército chinês estacionadas em Hong-Kong poderão intervir, com base no artigo 14 da Lei de Garrison, "para manter a ordem pública". A Lei Garrison entrou em vigor a 1 de julho de 1997, quando o Reino Unido entregou Hong-Kong à China.

Nenhuma força externa tem o direito de perturbar Hong Kong”

Em notícia divulgada esta quarta-feira, 24 de julho, pela Xinhua (agência Nova China) são citadas declarações de Hua Chunying, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em que ela critica observações feitas por autoridades do Reino Unido e dos EUA sobre a Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), e afirma que “o governo chinês não permite em absoluto que as forças externas interfiram nos assuntos de Hong Kong ou perturbem a região administrativa especial”.

Hua Chunying, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, declarou que “o governo chinês não permite em absoluto que as forças externas interfiram nos assuntos de Hong Kong ou perturbem a região administrativa especial”
Hua Chunying declarou que “o governo chinês não permite em absoluto que forças externas interfiram nos assuntos de Hong Kong”

Hua Chunying disse ainda que o que aconteceu recentemente em Hong Kong "não teve nada a ver com a liberdade de expressão e reunião", mas que são “comportamentos radicais e violentos que violam a lei”, “contrariam a Lei Básica e as leis locais de Hong Kong, e desafiam seriamente a linha limite do princípio 'um país, dois sistemas'”.

"O governo central apoia o governo da RAEHK na sua administração eficaz de acordo com a lei, bem como a polícia ao punir os incitadores da violência ilegal para salvaguardar a estabilidade social em Hong Kong", frisou a porta-voz.

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